Por que estamos juntos?

A Rede Mãos Dadas é composta por 36 parceiros (link) institucionais e tem como objetivo fortalecer a sociedade brasileira em geral e cristãos evangélicos em específico em suas ações voltadas à promoção das crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade social para uma vida digna na qual tenham seus direitos garantidos e exerçam sua cidadania de maneira integral.

Como trabalhamos?

Trabalhamos para

  • Unir. Somos uma rede de instituições, igrejas e pessoas que unidos pela mesma fé, nos preocupamos pela mesma causa, a criança, e nos articulamos em ações de cooperação.
  • Informar. Publicamos periódicos e mantemos uma plataforma de comunicação na internet
  • Mobilizar. Promovemos campanhas de oração e de mobilização da sociedade para a promoção dos bons tratos para com a criança.
  • Capacitar. Promovemos algumas metodologias importantes para o enfrentamento das questões mais críticas vividas pelas crianças e adolescentes. Hoje, as duas metodologias promovidas pela rede são: Programa Clavese

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    • A mobilização da igreja: acreditamos que cada comunidade de fé cristã tem uma responsabilidade social pelas crianças daquela localidade
    • A reflexão teológica sobre a criança: nossos líderes cristãos precisam levar a sério a ordem de Jesus de considerar a criança como um importante membro do seu reino, e incluí-la em nossas reflexões teológicas se quisermos ser fieis ao nosso mestre e relevantes para a sociedade que nos cerca
    • O fortalecimento do agente social cristão: apoio a  pessoa cujo trabalho implica um contato constante com as crianças é fundamental . Incluímos no termos “agente social cristão” todos os profissionais de atenção básica à criança quer estejam envolvidos nas escolas, igrejas, postos de  saúde ou projetos sociais comunitários.
    • A promoção de políticas públicas e a defesa de direitos: reconhecemos a importância da ação do estado na garantia dos direitos das crianças e adolescentes
    • A integração regional: O Brasil é um país de grandes desigualdades. Uma delas está na concentração de recursos no sudeste em detrimento das demais regiões. Nossa ação de integração visa buscar ativamente a integração de organizações, igrejas, e pessoas envolvidas na causa de criança nos quatro cantos do Brasil de forma intencional e respoitosa das diferenças regionais

Nossas intervenções visam:

 

Como começamos?

“Onde foi que a Rede Mãos Dadas começou? Uns dizem que foi no Clade IV em 2000 quando alguns  líderes de organizações cristãs envolvidas no trabalho com crianças no Brasil se reuniram mediados pela então Viva Network (hoje Viva).  Entre eles estavam Derci Gonçalves, então diretor da Compassion e o Serguem Jesui da Silva, então diretor da Visão Mundial. Outros dizem que foi quando o médico aposentado inglês  John Collier veio ao Brasil como facilitador da Viva Network e trouxe na bagagem a ideia de criar uma revista que seria sustentada por várias organizações e que teria o objetivo de fortalecer o trabalho realizado entre crianças e adolescentes vulneráveis.

Para mim, a revista, que mais tarde daria origem à rede,  começou na sala de visita do Rev. Elben Lenz César, em Viçosa, MG, numa conversa com John Collier e Tereza Cristina Belchior dos Santos, no segundo  semestre de 2000. Fui chamada para a conversa porque a Dona Deja (esposa do Rev. Elbem) sabia do meu interesse em colocar as minhas habilidades com a palavra escrita à serviço da causa da criança.

Daquela conversa inicial surgiram outras. Lembro-me de uma  conversa do John Collier desta vez com a Klênia Fassoni, (diretora da Editora Ultimato) na qual ela apresentou os custos de produçâo para uma primeira edição da revista. Ela disse ao John Collier que um bom mineiro só faz negócio depois de comer um quilo de sal juntos. Leva tempo para consumirmos tanto sal. São muitas refeições, muita conversa, muito relacionamento.

Depois a Klênia se encontrou com Mônica Bonilha (na época acessora de comunicação da Visão Mundial) em Belo Horizonte e criaram a estrutura da revista que permaneceu a mesma por 10 anos. Tem também a minha conversa com o João Martinez, então facilitador da Tearfund para o Brasil. Pergutei sobre a proposta que o John Collier tinha lhe enviado e se a Tearfund já tinha uma posição. Ele, com aquele jeito diplomático e cuidadoso de sempre, me explicou o processo para aprovação de propostas. Sua opinião era bem positiva mas não deixou de apontar o que ele cria ser um ponto fraco:  a sustentabilidade.

O Serguem nos deu o impulso inicial empenhando recursos para a Edição 0, uma espécie de protótipo da revista. A Sônia Couto, recém-formada em design, nos presenteou com a logomarca que também continua a mesma até hoje e o Giovanni Scaraccia, jornalista da UFV, nos ajudou na fase inicial além de e prestar seu registro como jornalista nos primeiros anos da revista.

E durante todos estes movimentos, aconteceram muitas visitas do John Collier a Viçosa, muitas refeições, muito sal e uma grande amizade.

O nome “Mãos Dadas” surgiu no meio da noite. Acordei com a frase  “De mãos dadas iremos…” fortemente estampada em minha mente. Me levantei, anotei  num pedaço de papel e voltei a dormir. De mãos dadas expressa para nós a esperança de dar as mãos às crianças e adolescentes brasileiros que lutam por uma vida digna; de fazer isto juntos, com muitas mãos; e de segurar as mãos uns dos outros quando a realidade terrível a que são submetidas nossas crianças nos afeta e angustia profundamente a nossa alma.

Quanto ao sal, posso dizer que tive o grande privilégio de consumir muito, muito sal nestes 10 anos com muitas pessoas, mas em especial com o Lissânder, meu amigo e irmão, que chegou como estagiário e se tornou o coordenador da Rede Mãos Dadas, e com a Klênia que abriu as portas da Editora Ultimato para abrigar a princípio uma revista, depois uma rede, por 10 anos!” Fala elaborada por Elsie Bueno Cunha Gilbert, editora da Revista Mâos Dadas, por ocasião das comemorações de 10 anos da Rede Mãos Dadas, em 2010.

Em 2007 os parceiros da Revista Mãos Dadas, reunidos em um Encontro Anual em Viçosa, decidiram constituir-se em um formato de rede, para que juntos pudessem abraçar outros projetos além da revista.  Em 2011 a gestão desta rede foi transferida da Editora Ultimato para a ONG Asas de Socorro, situada em Anápolis, GO. A Editora Ultimato continua envolvida na área de comunicação da rede.

O que pensamos sobre as causas dos problemas vividos pelas crianças?

Os parceiros da RMD criaram, em 2008, uma “árvore de problemas” como exercício para sintetizar o que acreditamos serem as causas dos problemas vividos pelas crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social no Brasil. Resumimos nossa reflexão da seguinte forma:

A grande maioria dos problemas sociais presentes no Brasil afeta, de forma profunda e persistente, a vida e a formação das crianças. Dentro do quadro geral mencionado acima, destacamos os seguintes fatores:

  • Na deteriorização das relações intrafamiliares, são as crianças que sofrem mais de perto com a violência, os maus tratos e o abuso.
  • A enorme desigualdade social e regional existente no Brasil, com seu modelo socioeconômico injusto em que poucos concentram grande parte da riqueza do país, afeta a vida de milhões de crianças obrigadas a conviver com a miséria desde a mais tenra idade.
  • Uma estruturação social baseada na segregação e exclusão impede que as crianças tenham acesso a informações importantes dentro de suas comunidades e as mantém isoladas em guetos ou bolsões da pobreza.
  • Fenômenos naturais ligados a problemas ambientais como deslizamentos de encostas mal protegidas, enchentes que carregam os casebres construídos às margens dos rios, e a seca na região do semi-árido afetam as crianças diretamente.
  • Epidemias por falta de política preventiva fazem das crianças as maiores vítimas. No descaso público com o saneamento básico, são as crianças que sofrem as conseqüências: diarréia, verminoses, baixo peso, desnutrição, propensão a outras doenças oportunistas.
  • O desenvolvimento do crime organizado e a consequente luta do poder público contra o mesmo tem um grande impacto sobre as crianças que muitas vezes ficam no fogo cruzado entre a polícia e os traficantes. (Numa pesquisa realizada em 2007 pela Rev MD com 1.137 crianças beneficiárias das organizações parceiras, o terceiro maior medo, precedido apenas pelo medo de estar sozinha e o medo do escuro, foi o medo de tiroteio!)
  • A corrupção nas esferas governamentais tem como principal vítima a criança. Via de regra, o dinheiro público desviado para fins egoístas é roubado de programas sociais relacionados à educação, saúde, moradia e segurança alimentar.
  • O afastamento de Deus pela sociedade afeta a criança. O pecado e a ausência de uma cosmovisão cristã prejudicam diretamente a maneira de viver da criança, pois sua desvalorização como ser humano é consequência deste estado espiritual. O que a sociedade em geral pensa a respeito da criança modela até certo ponto a visão da criança com respeito a si mesma. As crenças sobre a criança podem transformá-la em um objeto e não em um sujeito de direitos.
  • A falta de visão e ação profética da igreja na sociedade torna sua ação inócua no enfrentamento dos problemas sociais vividos por vários setores mais oprimidos. A igreja se omite como comunidade do povo de Deus em obediência integral e deixa de testemunhar a respeito do Deus Triuno e de sua salvação integral.
  • Estes fatores foram destacados no documento criado em 2008 pelos parceiros da RMD intitulado “Árvore de Problemas”.
  • Trabalho em rede
  • Trabalhar com a igreja
  • Valorizar a criança
  • Sinergia (aproveitar o que já tem)
  • Excelência

Quais são os valores e crenças que orientam o trabalho realizado pela Rede Mãos Dadas?

 

Como sua instituição ou igreja pode se unir a nós?

 

 

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