Os números dos acidentes domésticos no Brasil
Por Agnaldo Fontinele
Todo mundo já deve ter vivenciado esse drama em algum momento da vida, em pequenas ou em grandes proporções. Queimaduras, intoxicações, choque elétrico, quedas… O ambiente domiciliar pode ser bastante propício a alguns desastres, mas os riscos podem ser evitados com simples medidas de organização.
Esse é um mal que acontece em todas as partes do mundo, tanto em países desenvolvidos ou não. Em nível mundial, os acidentes estão entre as cinco principais causas de mortalidade, estando em quase todos os países na segunda ou terceiras colocações.
No Brasil, estima-se que as pessoas vítimas de acidentes domésticos somam 37% de todos os feridos atendidos em hospitais.
Fonte: www.inmetro.gov.br
Segundo a coordenadora de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes, do Ministério da Saúde, Marta Maria Alves da Silva, o grande número de acidentes domésticos no Brasil é um dos fatores que mais causa impacto no sistema de saúde, sendo grande também na qualidade de vida das pessoas, mas felizmente são passiveis de prevenção.
É de extrema importância se manter atento aos pequenos riscos dentro de casa, por mais que pareçam insignificantes. Crianças e idosos são as principais vítimas desse tipo de acidente, portanto os cuidados devem ser redobrados. Fonte: www.criancasegura.org.br
Exemplos de cuidados:
• Usar protetores de tomadas para evitar choque elétrico;
• Usar protetores nas pontas de mesas de vidro para que ninguém venha a ferir-se;
• Colocar redes de proteção em janelas para evitar quedas;
• Colocar grades de segurança no topo e pé de escadarias também a fim de evitar quedas;
• Panelas no fogão devem sempre ficar com o cabo virado para dentro, evitando que alguém bata e se queime;
• Manter produtos químicos e objetos cortantes em lugares trancados;
Um artigo apresentado no I Fórum de Prevenção de Acidentes com Crianças, em São Paulo, no ano de 2004, apontou os acidentes domésticos como a segunda maior causa de atendimentos no Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO), perdendo apenas para o socorro às vítimas de trânsito.
No ano de 2014 foram atendidas em média 292 pessoas em um mês, vítimas de politraumatismo decorrente de acidentes. São dados alarmantes para um curto período de tempo. De acordo com o Ministério da Saúde, esse tipo de acidente é considerado uma das principais causas de adoecimento e morte.
Entre os tipos de acidentes domésticos no Brasil, os que ocorrem em maior número são as quedas (de escadas desprotegidas, janelas sem redes de proteção e até de camas inapropriadas), somando mais de 38% de casos.
Fonte: www.portal.saude.gov.br/.
Em 2011 os números acidentes domésticos no Brasil foram espantosos, mais 3.739 casos atendidos que representaram a principal causa de morte de crianças entre 1 e 14 anos de idade.
Fonte: www.brasil.org.br.
De acordo com o Ministério da Saúde, no total, cerca de 5 mil crianças morrem de acidentes e cerca de 100 mil ficam hospitalizadas anualmente, configurando-se como uma séria questão de saúde pública. Números que poderiam ser bastante reduzidos com um pouco mais de precaução por parte dos responsáveis.
Fonte: www.criancasegura.org.br
Estimativas mostram que a cada morte, outras quatro pessoas ficam com sequelas permanentes, o que certamente irá gerar consequências emocionais, sociais e financeiras à si próprio, à família e à sociedade.
Publicado originalmente em Prevenir em Casa, aqui!
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