Bebês do Reino de Deus 2
Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá (Sl 127.3).
Ao lermos os textos do Salmo 127 e 128, ficamos felizes, aliviados e temos segurança nas orientações de Deus sobre a família. Cada membro da família tem seu lugar, e é perfeitamente feliz dentro dos planos de Deus: marido e suas responsabilidades, a esposa e suas responsabilidades, e os filhos e suas responsabilidades. As bênçãos da família estão na própria família: no respeito que cada um tem pelo outro; no temor a Deus como princípio e regra de vida; na própria pessoa em si que nasce, continuando e perpetuando a vida da família e o Evangelho.
Nos tempos bíblicos, não ter filhos, era motivo de dor, vergonha e discriminação; a sociedade atual está no caminho inverso, ou seja, não ter filhos é melhor, dá mais liberdade para ao casal, menos gastos, maiores chances de crescer profissionalmente, de adquirir bens, aproveitar a vida, viajar, entre outras coisas.
Se olharmos para os bebês, para os filhos e toda alegria que encontramos neles, jamais diríamos que são um atrapalho na vida dos adultos, sejam pais ou pessoas responsáveis por eles. Se cada um de nós é adulto hoje, é porque um dia foi bebê, foi cuidado, bem ou mal, e conseguiu chegar até aqui. Colocar preço na concepção da vida de uma pessoa é tão desumano quanto julgar desnecessário que um bebê exista.
A realidade nos mostra que existem casais que querem muito ter bebês. Fazem tratamentos, tomam remédios e vão em busca de conseguirem esta “herança do Senhor”. Estes casais podem ser orientados a participar do programa Família Acolhedora, em que uma criança fica aos seus cuidados enquanto sua situação familiar é resolvida. Fazer parte do programa não dá direito de adoção em caso destituição; mas ao menos oportuniza a este casal ter experiências de vida que os levem a amar as crianças. Em decorrência destas vivências, casais que não pensariam em adotar uma criança, poderiam abrir portas para dar chance de oferecer uma vivência familiar a uma criança de forma mais definitiva.
Existem certas dificuldades de casais aceitarem filhos que não geraram. Às vezes, a pressão e o negativismo vem dos próprios familiares, avós, amigos que desencorajam a adoção, falando novamente das perdas de privilégios ao ter uma criança, dos problemas que podem surgir, e assim por diante. Devido a estes comentários surge uma grande necessidade de casais que passaram pela experiência da adoção, testemunharem o quanto puderem da alegria que encontramos nas crianças, e que promovam que mais casais façam isso também.
Atualmente, os valores familiares estão lentamente sendo deturpados, gerando confusão e não se sabe mais o que fazer em relação a ter filhos. Muitos casais preferem antes ter o carro do ano, a casa, e uma renda fixa, aproveitar a vida o máximo, fazer faculdade e cursos, – embora estas coisas sejam importantes – e depois pensar em filhos. As crianças nem sempre estão interessadas nos diplomas dos pais ou o que eles têm, mas em o que são.
Ao ver as escolhas que os casais e as pessoas fazem atualmente, percebe-se que lentamente as crianças estão deixando de ser aceitas como bem-vindas. Quase não há mais espaço para crianças na vida dos adultos. Alguns pais até querem ter filhos, e conseguem gerar, mas a partir daí, terceirizam seu papel de pais, colocando estas crianças na mão de terceiros (babás, avós, vizinhos, escolinhas…). Bebês precisam de amor, carinho, afetividade, atenção, tempo, comunicação e contato para um bom desenvolvimento principalmente afetivo. Os valores que antes eram passados pelos pais a seus filhos, agora não são mais. A presença do marido e da esposa na vida dos filhos como pais é indispensável.
A inversão de valores na sociedade, através do cuidado com os filhos, as criancinhas é visivelmente percebido: prefere-se dar coisas (presentes, escola particular, casa cheia de tudo que é de último lançamento, brinquedos caríssimos…) do que dar atenção, amor e carinho. Sejam casais ricos ou pobres, que estão trabalhando por sobrevivência ou por ambição; parece que não tem mais espaço para convivência de amor, atenção, compartilhar vidas e experiências. É notável que a alegria das crianças não está na fartura que seus pais possuem; mas está na certeza de serem amados, independente das condições financeiras.
Olhar para uma criança feliz nos traz felicidade! Um sorriso inocente, um riso sem razão, um elogio inesperado, um abraço a troco de nada, uma surpresa a cada instante! Não tem preço ver uma criança feliz! Quem dera se os adultos conseguissem a felicidade das crianças!
Jesus disse para sermos como as crianças! Sim, porque o Reino dos Céus pertence aos que são semelhantes a elas! As crianças são especiais, e a renovação que elas trazem produz vida aos adultos.
Receber as crianças como “herança do Senhor” é um sentimento indescritível. Receber os filhos das mãos de Deus é uma responsabilidade que deve ser vista com o mais alto nível de preocupação e atenção da parte dos pais. Negligenciar o cuidado e amor aos pequeninos deveria ser algo fora do cotidiano de muitas famílias.
Vamos proclamar a alegria das crianças, vamos presenteá-las com o que realmente precisam: adultos que se importam verdadeiramente com elas, dando amor, atenção e tempo para se desenvolverem dignamente.
Vamos ajudar os casais que não conseguem ter filhos a verem que ser pais de filhos gerados por outros casais é tão importante e legítimo que criar os seus próprios.
Quantos casais jogam seus filhos no lixo, abortam, ou permitem que o mal reine sobre eles? Precisamos ajudar estes casais a perceberem o significado de seus atos, e fazer o possível para que situações assim não aconteçam novamente. Que cada um de nós aprenda a ver a alegria das crianças, dos filhos, e que isso nos impulsione a ajudar mais crianças a sorrir também! Filhos não esperam pais perfeitos, que nunca erram, mas pais que sabem pedir perdão a eles, que sabem dar atenção, esperança e segurança.
Questões para reflexão:
- Os pais estão de certa forma institucionalizando as crianças nas creches e escolas?
- É correto ter filhos para ter com quem deixar a herança?
- Devemos fazer de nossos filhos herdeiros ou sucessores?
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Vanderlei Schach, é casado com Aline e tem dois filhos: Daniel (9 anos) e Samuel (7 anos). Fez mestrado em Novo Testamento e doutorado em Teologia Prática, é também pesquisador de crianças em situação de vulnerabilidade social e afetiva, pastor e professor na Faculdade Batista Pioneira de Ijuí – RS. Vanderlei e Aline ministram capacitações para pais e líderes de ministério infantil.
Anja Schach
sehr bewegte wörter über kinder und eltern danke
elsie
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Sfero Döküm
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