Era uma vez um Natal sem Papai Noel
Era uma vez…
Era uma vez um Natal bem diferente. Sem a euforia do décimo terceiro salário e das gratificações. Sem as puras e belas melodias natalinas usadas irreverentemente, a todo volume, nas propagandas de presentes de Natal. Sem o excesso de luzes e cores. Sem os cumprimentos natalinos na maioria formais. Sem os comes e bebes em quantidades enormes. Sem o cansaço do ano que se finda, de outras cerimônias (formaturas, cerimônias nupciais), de trânsito difícil, de corrida às lojas e das pancadas de chuva.
Era uma vez o mais remoto Natal. Celebrado numa estrebaria e não numa catedral. Celebrado de noite e não de dia. Celebrado com vozes angelicais e não com vozes humanas. Celebrado com a glorificação e o louvor do nome de Deus e não com cenas profanas.
Era uma vez um casal sem filhos
Eles moravam em Jerusalém e ambos eram de linhagem sacerdotal. O comportamento deles era irrepreensível. Embora não fizessem qualquer controle de natalidade, desejassem muito ter filhos e orassem a respeito, o tempo foi passando, e a criança não veio. O que a mulher temia aconteceu: a cessação da menstruação. O que o marido temia aconteceu: o fim da sua capacidade sexual. Antes, o problema era só um: a esterilidade de Isabel (esse era o nome da mulher). Mas ela e ele tinham esperança, pois as três primeiras mulheres do povo de Israel – Sara, Rebeca e Raquel – eram estéreis e tornaram-se mães. Agora, os problemas são três – esterilidade, velhice de um e velhice do outro.
Quando Zacarias estava queimando incenso no santuário, o arcanjo Gabriel apareceu e lhe disse de chofre: “Deus ouviu a sua oração! Sua esposa vai ter um filho. E o nascimento dele vai trazer muita alegria e felicidade para você e muita gente” (Lc 1.13-14).
Este texto foi retirado do Ebook Era uma vez um Natal sem Papai Noel escrito por Elben César da Editora Ultimato.
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