Jesus envia seus doze discípulos:

Chamando os Doze para junto de si, enviou-os de dois em dois e deu-lhes autoridade sobre os espíritos imundos. Eles saíram e pregaram ao povo que se arrependesse. Expulsavam muitos demônios e ungiam muitos doentes com óleo e os curavam. Mc 6:7, 12-13 (NVI)

Eles retornam:

Os apóstolos reuniram-se a Jesus e lhe relataram tudo o que tinham feito e ensinado. Havia muita gente indo e vindo, a ponto de eles não terem tempo para comer. Jesus lhes disse: “Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco”. Assim, eles se afastaram num barco para um lugar deserto. Mc 6: 30-32 (NVI)

A missão dos apóstolos foi tão bem-sucedida que as pessoas começaram a seguir aqueles dois homens que tinham chegado em suas vilas de forma tão surpreendente. Eles continuaram mesmo quando cada dupla retornou para perto de Jesus.

 

O QUE JESUS NOS ENSINA SOBRE O DESCANSO

 

Você consegue imaginar a cena? Cada par de discípulos que retornava, trazia consigo um grupo de seguidores. Em vez das necessidades do povo diminuírem, espalhou-se a notícia de que os discípulos estavam pregando o arrependimento, expulsando demônios, ungindo e curando enfermos. A demanda aumentou muito.

Isso gerou um grande transtorno para eles, pois ficaram tão ocupados que não conseguiam nem mesmo comer ou descansar. 

E foi aí que Jesus entrou em cena. Ele não os incentivou a trabalhar mais para atender a todos. Ele também não fez o milagre da multiplicação de força, conferindo aos discípulos energia inesgotável. Em vez disso, Jesus reconheceu a necessidade que tinham de descansar e comer. Eles tinham limites. Então Jesus os levou a um lugar deserto para descansar um pouco.

Mas muitos dos que os viram retirar-se, tendo-os reconhecido, correram a pé de todas as cidades e chegaram lá antes deles. Quando Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão, teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar-lhes muitas coisas. Mc 6:33-34 (NVI)

Podemos supor que os discípulos aproveitaram a oportunidade para fazer uma refeição. Eles podem ter tirado um cochilo, conversado entre si sobre suas experiências. O fato é que Jesus retirou deles a responsabilidade de curar e expelir demônios, pelo menos naquele dia. Depois de algum tempo, podem ter voltado para ouvir os ensinamentos de Jesus. O texto não diz isso, mas se concentra no fato de que os discípulos precisavam de descanso, de que Jesus reconheceu a necessidade deles e tomou medidas para ajudá-los. Jesus assumiu as tarefas que tinha anteriormente delegado aos discípulos.

No trabalho social cristão, assim como no tempo de Jesus, não existe a possibilidade de esgotar a demanda. As necessidades estão em constante crescimento. E nós podemos nos esgotar por excesso de trabalho. Nestes momentos, pode ser que a tentação seja a de dizer que fazemos este trabalho para Jesus, que ele não se recusaria a atender a mais uma pessoa. Mas isto não é verdade. No relato de Marcos 6, após Jesus alimentar a multidão ele despediu todo mundo, isso mesmo, mandou todo mundo embora, incluindo os discípulos. Então ele subiu num monte para orar. Era o momento dele buscar no Pai o descanso do qual ele também precisava.

Em nossos bairros e pela cidade, existe uma infinidade de demandas e carências: espirituais, físicas e emocionais. Como seu ministério ou igreja lida com elas? Você se sente esmagado quando pensa na quantidade de tarefas que você precisa realizar para vencer um dia? Se sente impotente para resolver os problemas das crianças?

 

UMA BOA PRÁTICA PARA TODO CRISTÃO É CHEGAR AO FINAL E DIZER:

• “Basta a cada dia o seu próprio mal”. MT 6.34
• “Até aqui me ajudou o Senhor”. 1 Samuel 7:12
• “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança”. Sl 4.8

 

Jesus promete descanso; ele não promete superpoderes que atendam a todas as exigências. Aprenda a praticar o descanso, de forma intencional e consistente. Esta é uma das chaves para a longevidade em ministério!

 

Encontre as reflexões bíblicas nas páginas 7 e 8 do Guia Meu Educador Social Cristão.

 

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