A benção desprezada por muitos…
por James Gilbert
Uma coisa que nós brasileiros pedimos a Deus com muita frequência é para sermos abençoados. Ao menos no mundo evangélico com o qual estou familiarizado, pedimos a Deus bênçãos no culto, na escola dominical e em nossos diferentes grupos dentro da igreja. Além disso, rogamos a Deus que nos abençoe em nossas orações em família e nas orações individuais. Nosso desejo para que Deus nos abençoe é algo bom. Já está previsto nas Escrituras.
Mas o que estamos pedindo, quando oramos a Deus para que nos abençoe?
No início, Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, então os abençoou. “E lhes disse: ‘Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra’”. (Gn 1.28). A primeira bênção registrada na história é a de ter filhos, netos e bisnetos e assim por diante. Isso mesmo, no início da criação, a primeira bênção para nossos pais foi ter filhos, e muitos deles.
Algum tempo depois, quando Noé sai da arca e entra na “nova terra”, Deus o abençoa, juntamente com sua família: “Sede fecundos e multiplicai-vos e enchei a terra”. A bênção de Deus para o justo Noé e sua família, foi a de ter filhos.
Quando Deus chama Abraão e lhe conta o que vai acontecer, abençoa-o e registra que ele vai ser bênção para todos os povos da terra. Como isso aconteceria? Por meio de um dos descendentes de Abraão. Este descendente foi Jesus Cristo e o mundo inteiro foi por ele abençoado. A bênção das bênçãos veio por meio daquela benção original de Deus, a de ter filhos.
Este não é um discurso sobre retidão e fertilidade, mas sobre as crianças como bênçãos. Será que você e sua comunidade de fé agradecem a Deus por todas as bênçãos que Ele lhes deu? Vocês incluem nesta gratidão até aquelas crianças que não são da sua comunidade de fé? Ou as crianças que têm necessidades especiais, ou aquelas que não foram planejadas? O poeta indiano Rabinranath Tagore disse com propriedade “Toda criança vem com a mensagem de que Deus ainda não desistiu do ser humano”
Por ocasião do Mutirão Mundial de Oração pelas Crianças Socialmente Vulneráveis, oremos para que Deus mude a nossa atitude e percepção das crianças. Que ele nos ajude a vê-las da forma como ele as vê e aprecia!