Orando pelas crianças da Síria
Segunda-feira também é dia de oração…
Por Ariane Gomes
Senhor,
A leitura daquele trecho do Evangelho segundo Mateus que diz que ouviremos falar de guerras e rumores de guerras sucedido do alerta “vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer” quase me desanimou. Confesso: meu coração se entristeceu e foi tomado durante alguns instantes pela incerteza: Continuar ou desistir? Lembrar ou esquecer? Seguir adiante ou parar?
Porém, um lampejo de tua graça e outra lembrança. Desta vez de uma promessa: “Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21, 3-4). Da luz e da graça vieram a esperança e a alegria retomar o seu lugar. Sobrepondo-se ao cenário árido e cinza que representa a Síria em meu imaginário elas duas vieram me dizer: continue, lembre-se e siga adiante.
Por causa disso, insisto em lembrar, em continuar trazendo à memória um motivo tão caro e em repetir a oração:
“Lembra-te, Senhor, das crianças da Síria, abraça-as e livra-as do mal – o mal da guerra, da violência, da separação, da fome, da doença, da incerteza e da morte. Desde a menorzinha até a maior delas, das que têm mais ou menos percepção de tudo o que está acontecendo, acolhe-as e coloca uma cerca de proteção ao redor de suas vidas. Vê as suas lágrimas e dá fim ao seu pranto, enxuga-lhes o rosto e faça-as sorrir. Dá-lhes o pão de cada dia, as roupas que precisam para ficar aquecidas, a saúde física e emocional e a presença de adultos que as respeitem, ouçam, ajudem, defendam e encorajem. Poupa-as da presença de armas e do trabalho forçado para servir a qualquer das partes responsáveis pelos conflitos. Livra-as do tráfico humano, do tráfico de órgãos e da prostituição. Devolve-lhes as reuniões familiares, as escolas e as praças onde possam ser amadas, ter sua dignidade garantida e onde possam brincar e se alegrar. Traz paz à Síria. Que este país se reconstrua sob bases justas e que o teu santo nome seja conhecido entre o povo – tornar-se-ia uma alegre notícia o louvor ao Senhor proferido por crianças e adultos que aprendam a te amar.
Perdoa a limitação da minha percepção acerca dos horrores que uma guerra traz e a curta abrangência de minha oração, afinal não fui separada de meus pais, não tive fome e nem senti frio e nunca vivi num país com conflitos tão sérios como a Síria vive nos últimos anos. Aceita a minha oração mesmo assim. E, por fim, faz-me lembrar, todos os dias, de tua misericórdia, promessas e governo absoluto sobre todo o universo ainda que coisas difíceis tenham que acontecer perto ou longe de mim, no Brasil ou na Síria e mesmo que isso, por um tempo, afete a vida e a história de muitas crianças. Amém.”
Antonia Leonora van der Meer
Gostei muito do artigo em que a Ariane compartilha de forma honesta e sensível sua dor pelo sofrimento das crianças na guerra da Síria e onde clama a Deus a favor desses pequeninos. Devemos seguir seu exemplo.
elsie
Querida Antônia, bom dia!
A Rede Mãos Dadas agradece o seu contato. Ficamos imensamente felizes com o seu carinho pelo nosso trabalho.
Um forte abraço e que Deus continue a abençoando a todos de sua família.
Gabriela Lopes de Oliveira
Que oração maravilhosa!!!
São exatamente essas palavras que tento expressar diante de Deus!
Dói ver isso acontecer (dói, porque temos a Deus e amamos o próximo) mas ter a certeza de que a eternidade os aguarda, é tremendo!!!!
Deus te abençoe!!