Imagem de Mark Brunner

Keshia Thomas, se interpõe entre homem racista e manifestantes

Estou convencida de que a única coisa que temos para compartilhar são as nossas histórias. É na caminhada que Deus se faz presente. Toda vez que ele se manifesta, nos dando o poder para reagir de forma diferente às adversidades da vida, os outros percebem um fio de luz em nós que os inspiram. Milagres acontecem quando em nosso coração deixamos que fios de luz nos transformem.

A história de Keshia Thomas publicada na BBC News Magazine é um desses raios de luz!

Keshia Thomas, 18 anos, estudante universitária, participava de uma marcha anti-Ku Klux Klan (KKK) em sua cidade, Ann Arbor, no estado de Michigan, nos Estados Unidos. Isto aconteceu em 1996. Do outro lado da cerca de proteção acontecia uma manifestação da Ku Klux Klan.

A Ku Klux Kan (KKK) é o nome de uma organização ou movimento popular de extrema direita norte-americano que promove a supremacia dos brancos e luta contra os negros, contra a imigração e é a favor de um nacionalismo exarcebado. Sua expressão mais poderosa se deu nos anos 50 e 60 quando se opôs ao movimentos pelos direitos civis dos negros. É famosa pelo uso de máscaras cônicas e robes brancos que escondem a identidade de seus participantes. Foi responsável por linchamentos e outros atos hediondos perpetrados contra os negros nos Estados Unidos. Estima-se que a organização tenha hoje entre 5.000 a 8.000 membros, um número muito menor do que o de décadas atrás quando pode ter chegado a 5 milhões.  Hoje, é proibido nos Estados Unidos o uso de máscaras em manifestações. As marchas e outros atos públicos do movimento precisam se submeter às leis que regem atos públicos e por isto acabam tendo não só a permissão como também a proteção da polícia para garantir a ordem.

Neste dia, Keisha e seus amigos estavam ali para protestar contra a KKK. Só que no meio do seu grupo anti-KKK (que somavam mais de 200 pessoas) surge um homem branco que foi rapidamente identificado pelo grupo como membro da organização racista. A principal evidência era uma tatuagem SS em seu braço. Estas tatuagens estão ligadas aos nazistas. O grupo partiu para cima do homem branco e a tensão aumentou ainda mais quando começaram a agredi-lo.

Keisha se interpôs entre o grupo e o homem racista, oferecendo seu corpo como barreira e impedindo que o grupo o linchasse. Ela permaneceu assim até que a polícia chegou para impor a ordem. Naquele dia, uma moça de 18 anos, negra, salvou a vida de um homem de meia-idade, branco, provavelmente membro da Ku Klux Klan!

Recentemente, a BBB News Magazine republicou esta história. Veja o e-mail que receberam em reação à história: “A coragem dela me tocou tanto que eu fiz uma cópia da foto dela e sempre penso nela ao enfrentar as minhas próprias situações. A voz na minha cabeça fala algo assim: se ela foi capaz de proteger um homem daqueles, eu posso agir com bondade para com esta pessoa. E com esta inspiração tenho sido capaz de agir com mais generosidade. Eu não a conheço, mas desde que ouvi sua história tenho sido mais gentil”. Teri Gunderson, Oaxaca, México.

Não sei se Teri é cristã, mas sei que ela está praticando um princípio bíblico recomendado por Paulo aos Filipenses:

Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. Filipenses 4:8

Veja mais imagens do gesto corajoso de Keisha aqui.

A história publicada na BBC News Magazine foi escrita por Catherine Wynne, leia a versão original em inglês aqui.

 

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