Metáforas no trabalho com crianças: o que você pensa sobre elas faz diferença! (3)
Nesta terceira e última postagem sobre as metáforas que nos orientam no trabalho com crianças, transcrevemos aqui o final do primeiro capítulo do livro Children Matter, de Scottie May, Beth Posterski, Catherine Stonehouse e Linda Cannell. Trata-se do último modelo de ministério descrito pela Scottie May. Além de descrevê-lo, ela avalia apontado as vantagens e desvantagens deste modelo.
Na primeira parte a autora listou algumas metáforas que usamos para as crianças e consequentemente para o adulto que trabalha com ela. Se a criança é um “soldadinho” o educador cristão seria um “sargento”, se a criança é vista como “uma plantinha”, o educador cristão seria o “jardineiro”, e assim por diante.
Na segunda parte a autora listou também os modelos que usamos para ministrar às crianças em nossas igrejas e os chamou de “macro-metáforas”:
- Modelo Escola (que é o mais comum).
- Modelo Gincana (muito usado em acampamentos e programações especiais).
- Modelo Parque de Diversões (mais comum em grandes igrejas que têm os recursos necessários para transformar o espaço em algo mágico e interessante).
- Modelo Jornada dos Peregrinos (um dos menos comuns mas nem por isto com poucos méritos).
E agora, apresentamos o último modelo, o “Dança com Deus”, popularizado pelo pastor, autor e conferencista Walter Wangerin Jr.
A parte C deste capítulo está disponível para download aqui.
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Metáforas no trabalho com crianças: o que você pensa sobre elas faz diferença! (1)
Metáforas no trabalho com crianças: o que você pensa sobre elas faz diferença! (2)
Resumindo Tudo
Praticamente todas as igrejas que se consideram verdadeiramente cristãs acreditam que o ministério infantil é baseado na Bíblia. No entanto, essas igrejas proporcionam experiências amplamente diferentes conduzidas por metáforas e metodologias contrastantes. Essas diferenças importam? Sim, com certeza. Mas há muitos, muitos fatores que tornam inadequado julgar qualquer modelo de ministério como totalmente equivocado. O primeiro e mais importante é o fato de que, apesar da insuficiência de nossos esforços, nosso Deus, soberano e poderoso é capaz de trazer reconciliação e redenção a qualquer circunstância através da obra do Espírito Santo. Em segundo lugar, o cuidado consistente do adulto representa o amor incondicional de Jesus Cristo pelas crianças que é uma força poderosa para ajudar a criança a conhecer a Deus. Tal relacionamento amoroso fala mais alto para a criança do que qualquer metáfora de ministério.
Nenhuma metáfora ou modelo é necessariamente errado, mas o líder do ministério deve estar ciente do modelo escolhido e de suas implicações. É difícil fazer isso. É um desafio ser objetivo na identificação das próprias metáforas, especialmente se houver nelas aspectos que não ajudem no crescimento espiritual da criança.
Sabendo que as metáforas sustentam a questão do ministério infantil, considere as seguintes perguntas ao avaliar este capítulo e analisar o seu próprio ministério com as crianças:
- Quais metáforas melhor adaptam-se a história redentora de Deus? (Você pode querer adicionar metáforas além das que estão na breve lista citada neste capítulo.) De que forma se for o caso, elas transcendem culturas, a teoria educacional atual, e modismos?
- De que forma cada metáfora se identifica com as Escrituras? Onde estão as inadequações?
- Dentro do modelo adotado para o seu ministério, qual é a visão que se tem do aluno? É uma visão bíblica da criança? Qual é a visão e o papel do professor?
- De que forma a metáfora molda o modo como se dá o aprendizado?
- Que valores são transmitidos através da metáfora? Esses valores ajudam a criança a crescer em semelhança com Cristo?
- Como as Escrituras são tratadas e apresentadas para os aprendizes?