Uma resolução diferente para 2013: que tal olhar para as crianças mais invisíveis?
Entre as crianças que estão à beira do caminho, destacamos as mais ignoradas (que estamos chamando de invisíveis). A miopia responsável por esta invisibilidade não está nos olhos, mas nos corações. Esta seleção é baseada no grau de indiferença da sociedade e do Estado para com esses meninos e meninas.
Crianças indígenas
Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), em 2011, 126 crianças menores de 5 anos morreram por falta de assistência médica. O número é maior que o registrado em 2010, quando a organização indigenista ligada à Igreja Católica identificou 92 casos. Mato Grosso lidera a estatística, com 89 vítimas.
A pirâmide etária indígena tem a base larga e vai se reduzindo com a idade, em um padrão que reflete suas altas taxas de fecundidade e mortalidade, bastante influenciadas pela população rural. Em 2010, havia 71,8 indígenas menores de 15 anos ou de 65 anos ou mais de idade para cada 100 ativos. Já para os não indígenas, essa relação correspondia a 45,8 inativos para cada 100 em idade provável de atividade, segundo o IBGE.
Crianças sem registro civil
O Brasil ainda tem mais de 500 mil crianças que “não existem” oficialmente, ou seja, que não foram registradas ao nascer, segundo o Censo de 2010 do IBGE. São 599 mil crianças nessa situação em todo o país. Entretanto, juízes e especialistas afirmam que o número de brasileiros “invisíveis” é muito maior, porque o censo não incluiu a população adulta.
Crianças vítimas da violência armada organizada
Segundo a UNICEF A cada dia, 129 casos de violência psicológica e física, incluindo a sexual, e negligência contra crianças e adolescentes são reportados, em média, ao Disque Denúncia 100. Isso quer dizer que, a cada hora, cinco casos de violência contra meninas e meninos são registrados no País.
Crianças que trabalham em casas de família
Culturalmente aceito pela família brasileira, o trabalho doméstico feito por crianças e adolescentes (especialmente meninas) em casas de outros é muito comum. Por ser feito dentro de casa, o trabalho infantil doméstico não é fiscalizado e esconde uma série de injustiças. A criança trabalha regularmente, sem direito a estudar, a brincar e sem renda fixa. Muitas vezes, o trabalhador infantil se torna vítima de abuso sexual nessas casas. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) considera esta uma das piores formas de exploração de crianças no Brasil.
Crianças vítimas de aborto
No Brasil, 31% das gestações são interrompidas, o que representa um número estimado em 1 milhão e 400 mil abortos por ano realizados em condições precárias, geralmente, conduzidos por pessoas despreparadas, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Crianças pobres de até 6 anos de idade
A pobreza ainda é a grande vilã da primeira infância no Brasil. Não deixa que as crianças tenham uma casa boa para morar e que elas se alimentem bem. Mais da metade das crianças com menos de 6 anos vive em famílias pobres. São mais de 11 milhões delas – a mesma quantidade de gente que vive num país inteiro como Portugal. Entre as crianças negras, a pobreza é maior ainda. As crianças brasileiras sofrem ainda de doenças como dengue, malária e AIDS, que podem ser evitadas com medidas de prevenção.
Texto originalmente publicado na Edição 21 da Revista Mãos Dadas
Terezinha Clarice Silveira Rebecchi
Quanto ficamos aborrecidos ao olharmos para o sofrimento atroz das nossas crianças mais invisíveis. Jesus nos fala em S. João 15:18 “Se o mundo vos aborrece, sabei que primeiro do que vós, me aborreceu a mim.” Sofremos grandemente junto com nosso Criador.Se pudéssemos penetrar nos lares no convívio das famílias mais feridas e lá levarmos a semente, a luz, o amor, a p,roteção de Jesus,educa -los á luz dos Santos Evangélhos romperíamos toda a diferença da sociedade e do Estado e faríamos a diferença, porque Jesus é luz e sem Ele nada podemos fazer. A sociedade , o mundo, humilham maltratam nossos pequeninos, ,Esão invisíveis aos olhos de muitos, mas para Jesus não