Naum — a justiça de Deus vista na história humana

Naum, a justiça de Deus vista na história humana

texto básico: O livro de Naum

texto devocional: Naum 1.1-10

versículo-chave: Gálatas 6.7
“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará”

alvo da lição:
Trazer consolação aos alunos, mostrando que os males da vida não hão de prosperar sempre; o juízo de Deus já está decretado.

leia a Bíblia diariamente:
seg Na 1.1-7
ter Na 1.8-13
qua Na 2.1-5
qui Na 2.6-13
sex Na 3.1-7
sáb Na 3.8-11
dom Na 3.12-19

Introdução

Muitos historiadores pensam que a história é efetuada por pessoas apenas. Isto é o inverso do que a Bíblia ensina. Segundo a Bíblia, é Deus, a rigor, a potência que move a história. A história é teocêntrica, não antropocêntrica. Ou seja, é Deus, não o homem, quem controla os acontecimentos da história humana.

Claro, isto não significa que pretendemos isentar os homens da responsabilidade que tomam sobre si. Significa sim, que, a despeito da atuação do homem, a história é obra de Deus. Por exemplo, é Ele quem abandona Israel à mercê dos assírios e dá aos bablilônios a vitória sobre

Judá. Ele provoca, por intermédio de Ciro, a volta do exílio e julga as nações, reduzindo-as a pó. Nada fica fora do Seu controle. Até mesmo o erro humano se torna um meio de Deus alcançar Seu alvo histórico, como no caso de José e seus irmãos que o venderam, e dos judeus que pregaram Jesus na cruz. Enfim, aqueles acontecimentos que o mundo considera primários, na verdade são secundários, simples instrumentos, movidos pelo grande Rei do Universo.

Agora, se acreditarmos que tudo depende de pessoas e de acasos e acidentes, como é que poderemos apegar-nos a Deus e confiar Nele? De fato, perderemos toda a possibilidade de encontrar sentido na história.

O que nos fascina tanto nesse livro do profeta Naum, é justamente o fato de que não só se narra a história, mas sobretudo se revela seu grande mistério. Isto é, os acontecimentos da história são produzidos por Deus e sob a responsabilidade das pessoas.

Naum profetiza a queda de Nínive, capital da grande Assíria. Todo o mundo conhecido havia sofrido a tirania cruel desse povo, mas Jeová, o Deus da história, o julgará. E nenhum juízo seria necessário jamais, pois sua ruína havia de ser definitiva.

Profetas Menores para hoje
Desse modo, o livro de Naum (seu nome significa consolação), ao enfatizar a soberania de Deus, é para nós, crentes do presente século, um poderoso consolo em um mundo que tem perdido toda a noção e senso de justiça e humanidade. Que consolo, saber que as forças do mal, por mais poderosas que sejam, estão sob o domínio do Rei da Justiça.

A mensagem de Naum, que viveu e profetizou durante o reinado de Manassés, Amom e Josias, reis de Judá, pode ser dividida da maneira como veremos a seguir.

I. O juízo sobre Nínive é decretado pelo Juiz de toda a terra (Na 1.1-15)

O objetivo central nesse capítulo não é apenas declarar a queda do inimigo, mas exaltar o nome do grande Deus de Israel. O que aprendemos acerca dos atributos e operações do Senhor? Aqui podemos aprender algo sobre a natureza de Deus e Sua obra soberana na história. Que diz Naum sobre o Senhor?

1. Ele é Soberano (Na 1.1-6)

Nesses versículos temos uma descrição do governo de Deus. Todas as nações e todos os povos são sujeitos a Deus. Seu reino domina sobre todos (Sl 103.19). Ver ainda Salmo 99.1.
a. Ele julga as nações (v.2-3). Deus reina em todo mundo e as nações são responsáveis diante Dele.
b. Ele controla todas as forças da natureza (v.3-6)

2. Ele é Protetor (Na 1.7)

Deus é quem protege o Seu povo. Naum abre um parêntese de consolação para os israelitas com promessas de descanso e de socorro na opressão.

a. Os que confiam em Deus gozam segurança e paz
“O Senhor é bom”. Ao libertar Judá dos assírios, Deus demonstrará mais uma vez Sua bondade para com o Seu povo.
b. Os que confiam no Senhor não precisam temer
Porque “o Senhor… é fortaleza no dia da angústia”.

3. Ele é Guerreiro (Na 1.8-12)

Aqui já não temos uma mensagem de consolo, mas a verdade de que o infiel sofrerá uma destruição total, nas mãos do Senhor.

Naum mostra que o Senhor, e não o rei da Assíria, é o mais poderoso de todos os guerreiros. Os assírios serão exterminados e desaparecerão para sempre.

4. Ele é Disciplinador (Na 1.13-15)

O Senhor controla as nações, julgando-as e usando-as como instrumento de disciplina de acordo com Sua vontade. Deus tinha usado os assírios como instrumento de punição de Judá, agora Ele libertaria Seu povo.

II. O juízo sobre Nínive será aterrador (Na 2.1-13)

O capítulo apresenta um terrificante quadro da ira de Deus contra Nínive. O Senhor Todo-Poderoso declara: “Eis que eu estou contra ti” (v.13). Se Deus é contra Nínive, quem será por ela? Quem defenderá Nínive? O próprio profeta ironiza desafiando Nínive a reforçar sua segurança. Mas nada adianta.

1. O destruidor já está a caminho (Na 2.1-4)

Os destruidores aqui são os medos e caldeus.

2. As defesas de Nínive e todo o seu poderio serão em vão (Na 2. 5)

Contra o Deus de Israel não há defesa inexpugnável; toda fortaleza, por mais forte que pareça, será derrubada.

3. A queda de Nínive será completa (Na 2. 6-13)

Josh McDowell mostra que a profecia se cumpriu exatamente como Naum havia predito. Veja seu livro “Evidências que exigem um veredito” (p.370-379).

Nosso Deus é um Deus justo que castiga a iniquidade. Ainda que tardio, o Seu juízo é certo. Portanto, é urgente deixar o pecado e se voltar para Deus, pois Sua paciência não é inesgotável.

III. O juízo sobre Nínive é justo (Na 3.1-19)

O nosso Deus não cometeu injustiça, porque a Assíria merecia o castigo.

1. Os pecados dos assírios  

Na 3.1-4  Exploração e crueldade contra as outras nações
Na 3.5-6  O castigo será proporcional ao pecado
Na 3.7      Ninguém se compadecerá dela

2. Nínive é equiparada a Nô-Amom (Na 3.8-11)

a. Nô-Amom é Tebas, uma cidade poderosa do Egito que possuía grandes exércitos (2Cr 12.3);

b. Tebas caiu e foi saqueada pelos assírios;

c. Agora é a vez de Nínive – ela terá o mesmo destino de Tebas e sofrerá o mesmo castigo porque Deus é justo. “És tu melhor do que Nô-Amom ?” (v.8).

3. Deus destruirá o que parece indestrutível (Na 3.12-17)

Quando olhamos para a imponência de algumas nações e dos grandes conglomerados econômicos, ficamos admirados com sua força e grandeza. No entanto, neste mundo, nada é indestrutível. Debaixo do juízo do Rei do Universo tudo vira ruínas. Isto nos ensina a não depositar nossa confiança senão em Deus.

4. Nínive nunca se levantará novamente (Na 3.18-19)

Seu lugar foi esquecido; ela só foi redescoberta 2.500 anos depois.

Profetas Menores para hoje
O que explica a queda e desaparecimento total de uma potência mundial como a Assíria? Qual é a diferença entre Nínive e Judá? Se a história é meramente humana e decorre do poder humano, como você explica a destruição da grande Nínive e a preservação da pequena nação de Judá?

Conclusão

Assim devemos estudar a história, inclusive a moderna, reconhecendo que é Deus quem faz a história.

Ela não é produto de forças cegas, porque Deus está no controle soberano de todos os movimentos dos povos e realizará cabalmente a Sua perfeita vontade entre os homens.

Autor da lição: Wilson Nunes
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica. Usado com permissão.

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8 Comentários para “Naum — a justiça de Deus vista na história humana”

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