Melvin Banks tinha um sonho…
Entrevista com o fundador da primeira editora evangélica Afro-Americana
Tradução: Sara Tironi
Leia abaixo dois trechos da Entrevista. O conteúdo completo dela está disponível aqui.
Por que é importante para pessoas negras verem pessoas que se parecem com elas nos materiais bíblicos?
Quando eu me tornei adulto, toda a literatura da escola bíblica dominical era produzida por pessoas brancas e toda a redação era feita a partir da perspectiva branca. Todos os personagens bíblicos eram retratados como brancos. Comecei a me dar conta de que o material, tal como publicado, não era pertinente. Ele não falava da cultura vivida por afro-americanos e sobre como era seu culto. Isso acendeu meu desejo de produzir um material que fosse mais relevante para o contexto afro-americano.
O centro geográfico das Escrituras estendia-se do norte da África para o extremo sul da Europa; ainda assim, a literatura bíblica naquela época apresentava personagens com características do norte da Europa, de modo que buscamos oferecer representações bíblicas mais precisas.
Quais desafios você enfrentou quando começou a UMI?
Naquela época, Dr. Martin Luther King Jr. estava trabalhando para conquistar direitos civis para afro-americanos. Existia essa atitude de que nós da comunidade negra precisávamos fazer algo para impulsionar esse plano.
Ao mesmo tempo, havia essa noção sendo inculcada de que afro-americanos necessitavam tomar iniciativa, tomar o poder. Essas perspectivas dominaram a América negra durante os anos da década de 1960. A necessidade de igualdade e justiça social por um lado, e a necessidade de controle e poder afrocêntrico por outro. Assim que a UMI começou, enfrentamos a dificuldade de equilibrar essas perspectivas nos materiais que produzíamos.
+ Leia a entrevista completa: http://www.ultimato.com.br/conteudo/melvin-banks-tinha-um-sonho
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