O abandono-mor

quinta-feira
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Não me desampares, Senhor; Deus meu, não te ausentes de mim. Apressa-te em socorrer-me, Senhor, salvação minha. [Salmos 38.21-22]

Ser abandonado pelo pai e pela mãe, ser abandonado pelos filhos, ser abandonado pelo cônjuge, ser abandonado pela professora, ser abandonado pelos irmãos na fé, ser abandonado pelos amigos, ser abandonado pelos colegas – são experiências traumáticas.

Mas nenhum abandono é pior do que o abandono de Deus. Quando isso ocorre, desaparecem para sempre todas as chances de sobrevivência moral. Que o diga o rei Saul. Depois de tantas oportunidades desperdiçadas, depois de tantas reincidências, depois de ter ignorado tantas vezes a voz de Deus, o Senhor o abandona para sempre; e não se revela mais a ele “nem por sonhos, nem pelo Urim, nem através dos profetas” (1Sm 28.6). Deus tirou o reino da mão de Saul e o deu a Davi (28.17).

Porque não lhe deu ouvidos, apesar de toda revelação, Deus abandonou o mundo antigo, entregando os seres humanos aos seus desejos e paixões vergonhosas (Rm 1.18-32). A humanidade, sozinha, enforca-se com suas próprias mãos por causa de seus próprios pecados.

O que resta a nós? A beleza da súplica dirigida a Deus: “Por favor, nunca me abandones” (Sl 119.8). Em outras versões: “Não me abandones completamente”, “não me desampares jamais” ou “não me desampares de tudo”. Antes que seja tarde demais. Antes que o abandono seja completo, definitivo e eterno.

Senhor, reconheço minhas falhas e suplico-te que não me abandones. Permite-me ver-te uma vez mais. Ouve a minha oração uma vez mais. 

>> Retirado de Refeições Diárias – Celebrando a Reconciliação. Editora Ultimato.

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