Perdão nunca mais 

terça-feira
terça-feira

Estejam os seus pecados sempre perante o Senhor, e na terra ninguém jamais se lembre da sua família. (Sl 109.15.)

Qual é o pior mal que pode acometer uma pessoa? Ficar sem pão e sem água? Perder todos os bens? Ter o nome difamado? Perder a vida?

Em sua indignação contra os seus inimigos, o salmista amaldiçoa: “Que o Senhor se lembre da iniquidade dos seus antepassados, e não se apague o pecado de sua mãe. Estejam os seus pecados sempre perante o Senhor” (Sl 109.14,15).

Davi está desejando aos seus algozes o pior de todos os males, aqueles contra os quais ele sempre lutou. Horrorizado com o seu pecado de adultério e de assassinato, duas vezes havia pedido a Deus: “Apaga as minhas transgressões”; “Apaga todas as minhas iniquidades” (Sl 51.1, 9). Preocupado com seus pecados do passado, Davi havia suplicado: “Não te lembres dos pecados e transgressões da minha juventude” (Sl 25.7). Num poema de ação de graças, Davi agradece porque “como o Oriente está longe do Ocidente, assim o Senhor afasta de nós as nossas transgressões” (Sl 103.12).

Depois de pedir para Deus apagar, esquecer e afastar as suas transgressões, o poeta pede o contrário: que Deus não apague, não esqueça e não afaste as transgressões dos homens ímpios e falsos que dizem calúnias contra ele. Esse salmo tem um caráter profético, por causa da possível referência a Judas: “Seja a sua vida curta, e outro ocupe o seu lugar” (Sl 109.8). Pedro entendeu que essa passagem se referia ao apóstolo traidor e a usou para justificar a eleição de um substituto para Judas (At 1.20).  

 

>> Retirado de Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos [Elben César]. Editora Ultimato. 

Ouça as nossas devocionais pelo Spotify!

Print Friendly, PDF & Email

Nenhum comentário ainda.

Deixe um comentário