Admiração, espanto e arrependimento 

domingo

Todas as pessoas estavam admiradas e correram para a porta do pátio do templo chamado “Alpendre de Salomão”, onde eles estavam. (At 3.11) 

Parece que havia mais admiração e espanto pelos milagres realizados pelos apóstolos do que pelos milagres realizados por Jesus, mesmo sendo estes maiores e mais numerosos. Sem dúvida, a ressurreição de Jesus e o Pentecostes criaram um ambiente mais propício a esse interesse. 

Aquele homem de quarenta anos que havia nascido coxo, e que todos os dias era levado para o templo para colher alguns trocados, agora estava ali no Alpendre de Salomão junto com Pedro e João, totalmente livre de sua deficiência física. O espanto era enorme. 

Jesus também havia restaurado as pernas do paralítico de Cafarnaum (Mc 2.1-12) e do paralítico de Betesda (Jo 5.1-18), este apenas dois anos mais jovem que o coxo de nascença. Ele havia endireitado a mulher encurvada e curado cegos, mudos e surdos. Ele havia estancado aquela hemorragia de doze anos e purificado inúmeros leprosos. Ele havia tirado à força sete demônios de Maria Madalena e uma legião do geraseno. Ele trouxe de volta à vida aquela menina que tinha acabado de morrer, aquele rapaz cujo corpo estava sendo levado para o cemitério e aquele homem já sepultado e em estado de putrefação. Tudo isso ele fez não em um lugar só, nem às escondidas. Todas essas maravilhas aconteceram num curto período de tempo. Era para todo mundo correr atrás dele, arrepender-se de seus pecados e segui-lo, mas não foi isso que se deu. Multidões fizeram exatamente o contrário. Em vez de pedirem a Pilatos a liberdade de Jesus, pediram que o governador soltasse um criminoso (At 3.14). Jesus estranhou essa indiferença, esse procedimento inexplicável, e exclamou: “Se os milagres que foram feitos em vocês tivessem sido feitos nas cidades de Tiro e de Sidom, os seus moradores já teriam abandonado os seus pecados há muito tempo” (Lc 10.13). 

O que não ocorreu nos Evangelhos acontece em Atos! 

 

>> Retirado de Refeições Diárias – no partir do pão e na oração [Elben César]. Editora Ultimato. 

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