Contemplação e ação 

domingo

Então Pedro se aprontou e foi com eles. (At 9.39a) 

Ao receber os dois homens que lhe trouxeram a notícias da morte de Tabita na cidade vizinha de Jope, Pedro “se aprontou e foi com eles” (9.39). Na Nova Tradução na Linguagem de Hoje, o verbo “aprontar” aparece aqui e em outras três passagens (8.26; 9.11; 10.20). Mas nada tem a ver com o arrumar-se e o fazer as malas para viajar. Trata-se apenas de levantar-se (BJ, S21) e pôr-se imediatamente a caminho, em direção a Jope, que fica 20 quilômetros a noroeste de Lida. Pedro não precisou fazer a barba e trocar de roupa, como foi o caso de José para se apresentar a Faraó (Gn 41.14). Não precisou tomar banho e vestir as roupas sacerdotais, como foi o caso de Arão para se apresentar diante de Deus no Santo dos Santos (Lv 16.4). Não precisou tomar banho, pentear os cabelos e trocar de roupa como foi o caso de Davi para entrar na casa de Deus para adorar (2Sm 12.20). Não precisou lavar-se sete vezes no rio Jordão, como foi o caso de Naamã para purificar-se da lepra (2Rs 5.10). Não precisou lavar o corpo inteiro porque já estava completamente limpo pelo sangue do Cordeiro (Jo 13.10). 

Pedro precisava apenas descer da rede, sair da cama — levantar-se da escrivaninha, desligar o computador — deixar Jope e pôr os pés na estrada. Precisava ir e não ficar. Como aconteceu com Filipe, que deixou Samaria e foi para o sul, por onde passava a estrada que liga Jerusalém a Gaza (8.26). Como aconteceu com Ananias, que deixou seus medos para trás e foi para a casa de Judas, que morava na única rua não torta de Damasco (9.11). A ação não dispensa a contemplação, mas é mais importante do que o discurso!

>> Retirado de Refeições Diárias – no partir do pão e na oração [Elben César]. Editora Ultimato. 

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