Pregação silenciosa 

sábado

Não será preciso dizer nada porque ele verá como a conduta de vocês é honesta e respeitosa. (1Pe 3.1b-2) 

 

Existe jejum silencioso (sem foguetório), oração silenciosa (como a de Ana), choro silencioso (como o de Davi no Salmo 6) e pregação silenciosa. Esta é a mais estranha de todas porque é uma fala para ser dirigida não a Deus, mas a um ser humano. 

 

Se na parábola das bodas, o pai do noivo enviou seus empregados por toda parte para convidar todas as pessoas que encontrassem para a festa de casamento, como entender a pregação silenciosa (Mt 22.2-14)? Se, na grande comissão, Jesus manda os discípulos irem por todo o mundo anunciando as boas novas da salvação em Cristo, como entender a pregação silenciosa? Se Jesus, em seu ministério terreno (Mt 11.15) e em suas cartas às sete igrejas da Ásia Menor (Ap 2.7) grita: “Se vocês têm ouvido para ouvir, então ouçam”, como entender a pregação silenciosa? Se em Corinto, o Senhor apareceu a Paulo numa visão ordenando-lhe que continuasse a falar e não se calasse (At 18.9), como entender a pregação silenciosa? Se Jesus disse que, caso os seus seguidores se calassem, até as pedras gritariam (Lc 19.40), como entender a pregação silenciosa? 

 

Sem dúvida alguma, as mulheres que leram a carta de Pedro e que foram convocadas para a pregação silenciosa entenderam muito bem o que o apóstolo lhes dizia: “[Esposa,] se ele não crê na mensagem de Deus, seja levado a crer pela sua maneira de agir” (1Pe 3.1). Pedro completa: “Não será preciso dizer nada porque ele [em vez de ouvi-la] verá como a conduta de vocês é honesta e respeitosa”. O apóstolo não está mudando de tema. O assunto dele ainda é a santidade pessoal, o testemunho do cristão, em diferentes ambientes, tanto na igreja e na sociedade como em casa, no lar. A pregação silenciosa não é uma invenção de Pedro. Jesus já a havia preconizado quando nos chamou de “sal da terra” e de “luz do mundo” (Mt 5.13-16). 

 

Pregarei o evangelho o tempo todo. E, quando precisar, usarei palavras! 

 

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos [Elben César]. Editora Ultimato. 

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