O Governador leu a carta e perguntou a Paulo de onde ele era. (At 23.34)
Lucas era tão cuidadoso na coleta de dados para escrever os dois volumes da história do cristianismo, que conseguiu ter acesso a uma carta escrita por um comandante para um governador, levada por um dos centuriões do destacamento, de Jerusalém para Cesareia. É possível que Lucas tenha ouvido a leitura da carta quando Paulo compareceu perante Félix. O fato é que ela, provavelmente completa, encontra-se entre aspas no livro de Atos. Nela, Cláudio Lísias explica que está enviando o preso Paulo, que é cidadão romano, para Cesareia por uma questão de segurança. Entre outras coisas, ele diz:
“Excelentíssimo Governador Félix, Saudações. Alguns judeus agarraram este homem e quase o mataram. Quando soube que ele era cidadão romano, eu fui com os meus soldados e não deixei que ele fosse morto. […] Quando fui informado de que havia um plano para matá-lo, resolvi mandá-lo ao senhor. E disse para aqueles judeus que fizessem as acusações na sua presença. Saúde. Cláudio Lísias.”
Ao tomar conhecimento do conteúdo da carta teria Paulo tido alguma dor de consciência? Enquanto a carta do comandante colocava o apóstolo sob a proteção do governo, as cartas que Paulo, 24 anos antes, levava de Jerusalém para Damasco significavam prisão e tortura para os cristãos daquela cidade.
Papel, pena e tinta são suficientes ora para proteger a vida de alguém ora para despojar alguém de toda proteção!
>> Retirado de Refeições Diárias – no partir do pão e na oração [Elben César]. Editora Ultimato.
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