A menina dos olhos

quarta-feira
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Protege-me como à menina dos teus olhos; esconde-me à sombra das tuas asas, dos ímpios que me atacam com violência e dos inimigos mortais que me cercam. (Sl 17.8)

Porque estou exposto a muitos perigos, eu preciso da proteção divina. A qualquer momento, posso ser assaltado e morto, posso receber uma bala perdida, posso ser vítima de um acidente de trânsito, posso adqui­rir um câncer, posso ser acometido por uma depressão, posso perder a coragem, posso entrar no rol dos desempregados, posso experimentar um revés econômico, posso assistir à morte do cônjuge, posso cometer um escândalo, posso sofrer uma crise de fé, posso negar três vezes o Senhor Jesus Cristo, posso me apaixonar por uma “Bate-Seba”, posso amar o mundo mais do que a Deus.

Se sou tão vulnerável assim, preciso fazer a oração do salmista: “Pro­tege-me como à menina dos teus olhos” (Sl 17.8). Preciso de proteção não de qualquer modo, mas como se eu fosse a menina dos olhos de Deus. Aliás, a canção de Moisés não diz que Deus protegeu e guardou o seu povo como a menina dos seus olhos (Dt 32.10)? E o profeta Zacarias não diz que quem tocar no povo eleito toca na menina dos olhos de Deus (Zc 2.8)?

Quero que Deus me dê a sua poderosa e soberana proteção. Mas também quero satisfazer a vontade dele. O que Deus quer de mim é isto: “Guarde os meus ensinos como a menina dos seus olhos” (Pv 7.2).

Eu desejo muito que Deus me proteja e ele deseja muito que eu obe­deça às suas palavras, aos seus mandamentos, aos seus ensinos, que eu escreva os seus ditos na tábua do meu coração e os amarre aos dedos. Eu quero que Deus me guarde como as pestanas guardam a pupila de seus olhos e ele quer que eu guarde os seus mandamentos como as pestanas guardam a pupila de meus olhos! 

 

>> Retirado de Um Ano com os Salmos [Elben César]. Editora Ultimato. 

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