O cisco e a viga

terça-feira
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Quem pode discernir os próprios erros? Absolve-me dos que desconheço! (Sl 19.12)

Qualquer pessoa séria e de bom senso há de admitir que é culpada de pecados conscientes e de pecados que ainda não chegaram devidamente ao seu conhecimento.

Há dois exemplos clássicos de pecado não admitido nas Escrituras. O primeiro está no final do Antigo Testamento e o segundo, no final do Novo Testamento. Por intermédio do profeta Malaquias, Deus acusa Israel de várias desordens. Uma delas é o absurdo de oferecer animal aleijado e doente como oferta pelos pecados, quando deveria ser animal sem defeito. Depois de cada denúncia, o povo se diz tomado de surpresa com a acusação feita (Ml 1.6; 3.8). O mesmo acontece com a triste igreja de Laodiceia, que desconhecia sua pobreza, sua cegueira, sua nudez e sua frieza espiritual (Ap 3.17).

Jesus trata desse assunto numa de suas mais pesadas denúncias: “Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?” (Mt 7.3).

A dificuldade de enxergar o pecado próprio está na grande quantidade de autodefesas. Como não temos interesse em inocentar o nosso próximo, vemos à distância o cisco que está no olho dele e não conseguimos enxergar a viga que está em nosso olho!

Precisamos de perdão não só para os pecados conscientes, mas tam­bém para os pecados ainda não reconhecidos pela própria consciência. Nada impede que peçamos perdão antecipadamente, à semelhança do salmista: “Absolve-me dos [erros] que desconheço” (Sl 19.12). Embora ainda não saibamos dizer com clareza qual foi o pecado cometido, temos certeza de que o cometemos. A plena consciência virá com o tempo. 

 

>> Retirado de Um Ano com os Salmos [Elben César]. Editora Ultimato. 

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