O Deus que tira e o Deus que se retira

sexta-feira

Busquem o Eterno e vivam! (Am 5.6) 

Há uma coisa muito solene que você precisa saber e temer: Deus é livre para dar e livre para tomar. Foi isso que Jó disse depois de ter perdido todos os seus bens e os dez filhos: “Nu saí do ventre de minha mãe, e nu voltarei; o Senhor o deu, o Senhor o tomou, bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21). 

Deus não recebe instruções de ninguém. É soberano para fazer o que entende. Quando lhe apraz. Esta liberdade de ação não entra em choque com os demais atributos de sabedoria, amor e misericórdia. Em certas circunstâncias e para determinados fins, Deus pode tirar até o que é essencial: a alegria, a inspiração, o entusiasmo, a proteção, a força, a resistência, as oportunidades, o tempo, a saúde e a própria vida. Você fica vazio de repente. E não adianta espernear, ficar bravo ou dar de ombros. Não foi de repente que Sansão perdeu toda a sua força? 

Mas Deus não é apenas o Deus que tira: ele é também o Deus que se retira. Não há experiência mais amarga do que essa. É como Saul explicou à médium de En-Dor: “Deus se desviou de mim” (1Sm 28.15). O falido rei de Israel procurou a pitonisa porque ele consultou o Senhor, “porém este não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas” (28.6). Não há derrocada maior do que perder Deus para sempre. 

Vamos, levante-se e reaja corretamente. Não lute com Deus. Desarme-se, ceda, respeite e submeta-se a ele. Você precisa dele. Não há outra via de sobrevivência. Não se preocupe com as próximas medidas: o esclarecimento virá gradativamente, mas começa com a sua rendição! 

 

>> Retirado de Cuide das Raízes, Espere pelos Frutos, [Elben César]. Editora Ultimato.

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