Mas agora ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação. — Colossenses 1.22
O cristão é justo e pecador ao mesmo tempo – um amigo e um inimigo de Deus. Os filósofos não admitem este paradoxo porque não aceitam a forma correta de tornar-se justificado. Essa é a razão pela qual eles exigem que as pessoas continuem realizando boas obras até não sentirem mais o pecado. Esse ensino tem levado muitas pessoas a tornarem-se perturbadas porque elas se esforçam tanto quanto podem para tornarem-se completamente justas, mas nunca conseguem. Até mesmo entre aqueles que propagam esse ensino ímpio, muitos deles têm caído em desespero na hora da morte. Isso teria acontecido comigo se Cristo não tivesse olhado misericordiosamente para mim e não tivesse me libertado deste erro.
Em contrapartida, nós ensinamos e confortamos pecadores perturbados desta maneira: Queridos irmãos e irmãs, é impossível que vocês se tornem tão justos nesta vida a ponto de não mais sentirem o pecado. É impossível que os seus corpos se tornem tão radiantes e imaculados quanto o sol. Apesar de vocês ainda terem rugas e manchas, apesar disso, vocês são santos. Mas você pode se perguntar: “Como eu posso ser santo já que peco e me sinto pecaminoso?”. Reconhecer e sentir o seu pecado é bom. Agradeça a Deus e não se desespere. Todas as vezes que uma pessoa doente reconhece sua enfermidade, ela está dando um passo em direção à saúde. “Mas, como posso ser libertado do pecado?” – você pensa. Corra para Cristo, o médico que cura o coração quebrantado (Sl 147.3). Ele torna os pecadores santos.
>> Retirado de Somente a Fé [Martinho Lutero]. Editora Ultimato.
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