Deus enviou o anjo Gabriel a Nazaré, cidade da Galileia, a uma virgem prometida em casamento a certo homem chamado José. (Lucas 1.26-27)
Após quatrocentos anos de espera silenciosa, de repente Deus quebra o silêncio, não através de um profeta, mas de um anjo. A mensagem que Gabriel trouxe a Nazaré deixou Maria perplexa — em parte porque ela seria mãe, embora fosse solteira e virgem, e em parte por causa dos três títulos superlativos que seu filho receberia.
Primeiro, ele se chamaria Jesus, indicando que receberia uma missão salvadora.
Segundo, ele seria grande, pois receberia o nome acima de qualquer outro nome, o de Filho do Altíssimo. Maria não entendeu o significado desta expressão da mesma forma que nós o entendemos quando dizemos que Jesus é o Filho de Deus, mas certamente ele seria o Messias, uma vez que Filho de Deus era um título reconhecidamente messiânico (veja Sl 2.7-8).
Terceiro, ele reinaria sobre Israel para sempre. Na verdade, seu reino nunca teria fim.
Salvador, Filho e Rei — foram esses três títulos que o anjo disse a Maria que ele receberia.
Não é à toa que Maria ficou “perturbada” (Lc 1.29), ou mesmo confusa com a mensagem do anjo. Ela então perguntou a ele como tudo isso aconteceria. E Gabriel respondeu de forma majestosa: “O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que há de nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, sua parenta, terá um filho na velhice; aquela que diziam ser estéril já está em seu sexto mês de gestação. Pois nada é impossível para Deus” (v. 35-37).
Leitura recomendada: Lucas 1.26-32
>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
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