Uma tabuinha de escrever

segunda-feira

Poderia ser uma placa de argila, de pedra, de alguma rocha vulcânica, de cerâmica. Poderia ser o pedaço de um vaso quebrado ou de uma pele seca de ovelha ou um pergaminho qualquer. Mas o velho Zacarias pediu mesmo foi uma tabuinha, aquele pedacinho de madeira coberto com cera. Deram-lhe não só a dita tabuinha mas também um instrumento pontiagudo, porque o ‘jovem’ pai queria escrever alguma coisa. 

Zacarias não era um surdo-mudo. Era apenas mudo. Não falava nada mas ouvia tudo. E ele ouviu que a vizinhança e a parentada toda queria dar o nome de Zacarias Júnior ao recém-nascido, o que não podia acontecer porque, nove meses antes, o arcanjo Gabriel lhe havia dito: “Sua esposa vai ter um filho e você porá nele o nome de João” (Lc 1.13). Mesmo sendo muito velho, Zacarias tinha boa memória e sabia que a determinação do nome procedia de Deus. E não queria pecar outra vez: por ter duvidado do milagre, ficara mudo. Então, segurou a tabuinha e a ‘caneta’ e escreveu: “O nome dele é João” (Lc 1.63). Nesse preciso momento, a mudez bateu as asas!

 

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