Colocando a graça de Deus de lado

quinta-feira

Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça vem pela Lei, Cristo morreu inutilmente! Gálatas 2.21

Desejar ser justificado por nossas próprias obras segundo a lei é tão errado que, ao agirmos assim, jogamos a graça de Deus fora, como diz Paulo. Isso mostra não apenas ingratidão – que é extremamente má em si mesma – como também desprezo, pois devemos buscar avidamente a graça divina, que recebemos isenta de despesas. Entretanto, em vez disso, nós a colocamos de lado. Isso é um erro sério. Considere o argumento de Paulo: “se a justiça vem pela Lei, Cristo morreu inutilmente”. Ao dizer isso, o apóstolo declara confiantemente que ou a morte de Cristo foi inútil, o que é a maior blasfêmia contra Deus, ou a morte de Cristo foi essencial e a lei nada pode nos dar além do pecado.

Alguns mestres categorizam vários tipos de justiça usando distinções que eles criaram em suas próprias mentes. Quando tentam trazer essas ideias para a teologia, tais mestres devem ser mantidos longe das Sagradas Escrituras. Essas pessoas dizem que a justiça moral é um tipo de justiça e a justiça da fé é outro, além de descreverem ainda outros tipos a respeito dos quais eu nem tenho conhecimento. Deixe que o governo civil tenha seu tipo de justiça, os filósofos tenham os seus, e cada pessoa tenha o seu próprio. Nós, porém, devemos entender a justiça da maneira como a Bíblia a explica. O apóstolo diz claramente que não há outra justiça senão pela fé em Jesus Cristo. Todas as outras obras, mesmo aquelas de acordo com as leis mais santas de Deus, não oferecem justiça. Não apenas isso, mas elas, na verdade, são pecados.

Nossos pecados são tão grandes e tão distantes da justiça que foi necessário que o Filho de Deus morresse para que ela pudesse ser dada a nós. Quando estiver discutindo teologia, não chame de justiça qualquer coisa que estiver separada da fé em Cristo.

 

>> Retirado do devocionário Somente a Fé, de Martinho Lutero. Editora Ultimato.

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