Levantou-se Ana e, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente. 1 Samuel 1.10
A oração é carga e descarga. A pessoa que ora aprende a descarregar diante de Deus uma porção de coisas inúteis e exaustivas. Ela deixa que o temor, a ansiedade, a aflição, o desânimo e a confusão saiam de sua mente. Bem-estar e leveza enchem seu coração. Quando a pessoa peca, a oração também ajuda a livrá-la desta carga tão incômoda.
Os nervos de Ana não aguentavam mais por causa do ciúme e das provocações de Penina. Mas, diante do Senhor, ela abriu a alma. Contou-lhe tudo. Derramou seu excesso de ansiedade e aflição. Deixou os problemas nas mãos dele (1Sm 1.1-18). Isso é descarga.
Na prece fervorosa, outras coisas tomam o lugar daquilo que saiu. A mente fica cheia outra vez. A carga, porém, é bagagem útil, agradável, leve. A pessoa que ora recebe uma ração que a sustentará por muitos dias. Ela se levantará de seus joelhos transportando para a vida energia, coragem, resignação, paz de espírito, sensação de segurança. O encontro com Deus é real e não deixa de alterar a situação e a conduta. A oração permite à pessoa receber a influência de Deus. O semblante de Ana já não era triste ao sair do templo e ir para casa, onde encontraria a mesma Penina. Isso é carga.
O ser humano tem liberdade e possibilidade de estacionar em qualquer lugar e em qualquer tempo para a “operação carga e descarga” da oração. Não é apenas uma questão de poder: é uma exigência da vida.
>> Retirado de Meditações Diárias [Elben César]. Editora Ultimato.
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