Seja feita a tua vontade na terra 

sábado

Mateus 13.31-33; 21.43 

 

Essa é a última das quatro petições a Deus na “Oração dos Discípulos”: “Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. A última parte explica a parte anterior; a vinda do reino de Deus é o cumprimento da vontade de Deus na terra como no céu. Por isso, “seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” significa um completo totalitarismo para nós, que deve se cumprir “na terra”. 

 

Talvez a expressão “na terra” expresse melhor o significado do que “sobre a terra”, como às vezes é usada. O reino não deve vir à terra como algo imposto; ele deve vir à terra como algo inerente. A terra e tudo que nela há têm uma única lei em seu ser, e essa lei é o reino de Deus, é a lei da vida, a maneira como a vida é feita para operar. Quando essa lei é vivida, então o ser é completo, ele encontra o Caminho. Quando ela não é vivida, então o ser se torna frustrado, ele encontra o que não é o caminho. Não existe uma lei do seu corpo que contradiga as leis do reino. Elas são as leis do reino, estão “na terra” e em tudo que há sobre ela. 

 

Quando o salmista diz: “Conforme as tuas ordens, tudo permanece até hoje, pois tudo está a teu serviço” (Sl 119.91), ele não declara uma ideia, mas um fato. Quando “tudo” serve a Deus, serve a si mesmo. Quando serve a si mesmo à parte de Deus ou contra ele, “tudo” se perde, se despedaça. Novamente, quando o salmista diz: “Os rebeldes vivem em terra árida” (Sl 68.6), ele está afirmando algo inerente, pois os que obedecem ao reino não vivem em terra árida e estão completos. Os reinos deste mundo serão seguros somente quando se tornarem o reino “de nosso Senhor e do seu Cristo”. “O teu reino te será devolvido quando reconheceres que os Céus dominam” (Dn 4.26). Essa é a segurança do nosso mundo, e somente essa. “Tenho constatado que toda perfeição tem limite; mas não há limite para o teu mandamento” (Sl 119.96). Não há limite? Há um alcance universal, pois a vontade de Deus é a vida de todos os seres; fora de Deus só há morte. Porque “as tuas mãos me fizeram e me formaram; dá-me entendimento para aprender os teus mandamentos” (Sl 119.73). Somos feitos para entender o reino. Qualquer outro conhecimento é ignorância. 

 

Ó Deus, nosso Senhor, tuas mãos me moldaram para os teus caminhos e para o teu reino. Quando tomo os meus caminhos, estou tentando o impossível – viver contra as leis do meu ser. Como posso fazer isso? Não posso. Amém. 

 

Afirmação do dia: “Os que amam a tua lei desfrutam paz, e nada há que os faça tropeçar” (Sl 119.165). 

 

>> Retirado de O Caminho [Stanley Jones]. Editora Ultimato.

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