[O ímpio] abandonou o bom senso e não quer fazer o bem. (Sl 36.3)
O substantivo “ímpio” quase não aparece no Novo Testamento. Uma das poucas citações está nesta boa notícia: “De fato, no devido tempo, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios” (Rm 5.6). Outra está nesta má notícia: “Veja, o Senhor vem com milhares e milhares de seus santos, para julgar a todos e convencer todos os ímpios a respeito de todos os atos de impiedade que eles cometeram impiamente e acerca de todas as palavras insolentes que os pecadores ímpios falaram contra ele” (Jd 1.14-15). A palavra “ímpio” aparece muito mais no Antigo Testamento, especialmente no livro dos Salmos. Só no Salmo 37, são quatorze referências.
Ímpio é o contrário de justo. É aquele que não quer admitir a soberania de Deus e, portanto, não se curva diante do Senhor. É um não temente a Deus, um revoltoso que não resistirá ao julgamento e que será como “a palha que o vento leva” (Sl 1.4).
O comportamento mental do ímpio é descrito assim: “Ele se acha tão importante, que não percebe nem rejeita o seu pecado” (Sl 36.2). Ora, é um tremendo círculo vicioso: porque não enxerga o seu pecado, o ímpio não o abandona; e porque não tem nenhuma disposição para abandoná-lo, jamais o visualiza.
O salmista dá outras informações. O ímpio “abandonou o bom senso e não quer fazer o bem”; está de tal modo comprometido com o pecado que “até na sua cama planeja a maldade” (Sl 36.3-4). Sua atividade pecaminosa é intensa, de dia e de noite, sem o menor escrúpulo.
>> Retirado de Um Ano com os Salmos [Elben César]. Editora Ultimato.
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