Neste mundo mau vocês sempre terão dificuldades. Mas fiquem firmes! Eu venci o mundo. (Jo 16.33)
O desânimo é um estado de espírito que aborrece e atravanca a pessoa por ele possuída. É o resultado de um processo mental que afeta as emoções, a vontade e até o raciocínio. Ocorre quando há uma queda brusca de energia que a fé e a comunhão com Deus fornecem. Quando a vista fica turva e não consegue divisar ao longe a esperança, antes tão nítida e tão certa. Quando velhos e superados problemas voltam à tona. Quando o ouvido deixa de permanecer surdo ao sibilar dos ventos contrários. Quando a lógica da fé cede seu lugar para a lógica dos números. Quando o espírito entra em pane por causa do cansaço provocado pela demora de certos alvos e de certas promessas, pela natureza e frequência dos embates, pela longevidade e prosperidade da maldade e pelo sofrimento dos justos.
Sob o efeito do desânimo, Moisés e Elias, os dois gigantes do Velho Testamento e da Transfiguração, disseram: “Não aguento mais”, e pediram para si a morte (Nm 11.15; 1Rs 19.4). O desânimo não é saudável, não tem boas intenções: “É o começo do fim de inúmeras realizações, o tiro certeiro do âmago das iniciativas, é o vírus mortal que acaba funcionalmente com várias vidas de grandes possibilidades latentes” (Maria Amélia Rizzo).
O antídoto do desânimo é não tirar os olhos do Autor e Consumador da fé, Jesus. A frase certa não é apenas um presunçoso “Tudo posso”, mas o humilde “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13).
>> Retirado de Cuide das Raízes, Espere pelos Frutos, [Elben César]. Editora Ultimato.
Ouça e compartilhe nossas devocionais pelo Spotify!