Metáforas do ministério

sexta-feira

Tanto vocês como Deus são testemunhas de como nos portamos de maneira santa, justa e irrepreensível entre vocês, os que creem.  (1 Tessalonicenses 2.10)  

A partida de Paulo de Tessalônica às ocultas, durante a noite, e seu fracasso em retornar despertaram muitas críticas, de forma que ele precisou se defender, o que ele fez por meio de uma série de metáforas vigorosas.  

Primeiro, ele escreveu acerca da fidelidade de um encarregado: “[falamos] como homens aprovados por Deus para nos confiar o evangelho” (v. 4). É verdade que a palavra “encarregado” não aparece no texto, mas esse con­ceito está implícito, uma vez que o evangelho havia sido confiado a Paulo.

Segundo, “fomos bondosos quando estávamos entre vocês, como uma mãe que cuida dos próprios filhos” (v. 7). Sim, e não somente bondosos, mas afe­tuosos e sacrificiais. É maravilhoso como Paulo, que era forte de mente e de caráter, empregou esses termos femininos para se referir ao seu ministério.  

Terceiro, “tratamos cada um como um pai trata seus filhos” (v. 11). O apóstolo parece estar pensando no papel do pai como educador, ensinando tanto por palavra quanto por exemplo.  

Quarto, Paulo menciona a coragem de um arauto. Anunciar (kerysso) é a palavra mais comum no Novo Testamento para pregar. “Enquanto lhes pregávamos o evangelho de Deus”, escreve Paulo (v. 9).  

A fidelidade de um encarregado, a bondade de uma mãe, o apoio de um pai e a coragem de um arauto. Essas quatro metáforas nos ensinam as duas maiores responsabilidades daqueles que são chamados para o ministério pastoral. A primeira é a nossa responsabilidade para com a Palavra de Deus – como encarregados, devemos protegê-la e, como arautos, proclamá-la. A segunda é a nossa responsabilidade para com o povo de Deus – como seus pais e mães, devemos amá-los e apoiá-los. Também poderíamos dizer que as duas marcas principais de líderes pastorais deveriam ser a verdade e o amor, atuando em conjunto. Isso só é possível através do Espírito que habita em nós, pois ele é o Espírito da verdade, e o primeiro fruto do Espírito é o amor. 

Para saber mais: 1 Tessalonicenses 2.1-13 

 

>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

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