Atos 19.1-7
Um cristianismo sem o Espírito Santo não contagia. Não tem o mais que transforma a fé contida em fé contagiante. Nosso cristianismo pode ser contido – contido dentro de nós como um conforto, um refúgio, uma crença, uma esperança, uma inspiração. É bom, mas não bom o suficiente. Nada é nosso que não deva ser compartilhado; nada é nosso que não possa ser transmitido e duplicado em outras vidas. Nada realmente vive que não possa ser capaz de dar vida. Afinal, a finalidade da vida é a procriação dela mesma.
Alguém perguntou: “Você é uma geladeira ou uma incubadora?”. Alguns gelam a vida; outros a frutificam. Alguns lançam um caloroso e simpático olhar para as pessoas e situações no entorno que traz nova vida, novas esperanças e novas aspirações. Essas pessoas são espiritualmente criativas.
Dois pregadores estavam sendo analisados por dois leigos, que chegaram a esta conclusão: “Quando um se levanta para pregar, ele prega eloquentemente, mas está sozinho. Quando o outro se levanta, não há eloquência, mas o efeito é surpreendentemente diferente. A razão é que, no segundo, há duas pessoas”. As habilidades do segundo pregador eram dominadas pelo Outro e intensificadas. Suas palavras tinham, em si, a Palavra. Ali estava o grão de trigo que havia caído no chão e morrido, morrido para si mesmo como autossuficiência, e que agora produzia “o melhor”. O primeiro pregador não havia morrido e, portanto, pregava sozinho. O segundo era uma pessoa entregue nas mãos de Deus. O primeiro estava nas próprias mãos, ou melhor, dependia das próprias mãos, um problema para si mesmo.
Mas os remos sozinhos não conseguem
Alcançar a costa distante;
O sopro do céu deve encher a vela;
Do contrário, todo o trabalho estará perdido.*
Um quacre disse: “Um homem verdadeiramente tocado por Deus pode influenciar pessoas há mais de quinze quilômetros ao seu redor”. Os cinco pães e dois peixes eram insuficientes para as cinco mil pessoas enquanto estavam nas mãos de quem os tinha, mas, entregues a Cristo – nas mãos dele –, foram suficientes, e houve sobras. A vida em nossas mãos é a vida em nossas mãos – um problema. A vida nas mãos de Jesus já não é um problema – é uma possibilidade.
Ó Espírito de Deus, desce sobre o meu coração. Leva a frieza, assoprando o teu calor para dentro de mim. Faze de mim uma incubadora espiritual. Que eu aqueça o que está frio, inspire o que vacila e torne frutífero o que é estéril. Amém.
Afirmação do dia: “Viveremos com ele, pelo poder de Deus” (2Co 13.4, NAA).
* “Human Frailty”, A collection of hymns and liturgy for the use of evangelical Lutheran churches, to which are added prayers for families and individuals. Nova York: Ludwig, 1848. p. 396.
>> Retirado de O Caminho [Stanley Jones]. Editora Ultimato.
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