Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente. (Romanos 12.2)
Paulo faz aqui um eloquente apelo a seus leitores, baseado nas misericórdias de Deus expostas por ele, conclamando-os a consagrarem seus corpos e renovarem suas mentes. Ele nos apresenta a escolha radical que sempre confronta o povo de Deus em qualquer lugar: ou nos conformamos ao padrão deste mundo ou nos transformamos pela renovação da nossa mente, a fim de discernirmos “a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (v. 2). Precisamos escolher entre o padrão do mundo e a vontade do Senhor.
Nos capítulos seguintes, fica claro que a boa vontade de Deus diz respeito aos nossos relacionamentos, que são radicalmente transformados pelo evangelho. Paulo menciona oito deles. Por exemplo, cada um deve ter um conceito equilibrado de si mesmo e exercitar seus dons em benefício do Corpo de Cristo. A exortação mais desafiadora, no entanto, diz respeito a amar os nossos inimigos (v. 17-21). Ecoando o ensino de Jesus, Paulo afirma que não devemos pagar o mal com o mal, mas procurar fazer o que é correto. Não devemos nos vingar, mas deixar a punição da maldade nas mãos de Deus.
É importante manter juntos os dois textos referentes à ira de Deus. Conforme Romanos 12.19, não devemos procurar a vingança, mas “[deixar] que a ira de Deus se encarregue disso” (NVT). De acordo com Romanos 13.4, a autoridade é “serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal”. Nós, seres humanos, como indivíduos, devemos amar e servir aos nossos inimigos. Não temos o direito de tomar a lei em nossas mãos e punir os ofensores. A punição do mal é prerrogativa de Deus e, no presente momento, ele a exerce por meio das cortes de justiça.
Para saber mais: Romanos 12.14–13.5
>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
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