Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, estes são filhos de Deus. (Rm 8.14)
Cerca de 600 anos antes de Cristo, o profeta Habacuque, muito provavelmente contemporâneo de Jeremias, fez esta famosa oração: “Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida” (Hc 3.2).
Avivamento é isto, o sopro soberano de Deus para remover a poeira que se acumula no decurso dos anos, no período de tempo compreendido entre o último avivamento e o momento atual. Não importa a quantidade e a qualidade da poeira. É uma obra de Deus, periódica e poderosa. O avivamento recoloca a igreja em seu primeiro amor, produz convicção de pecado, santifica e movimenta a igreja. Desperta o gosto e a disciplina das práticas devocionais, tais como a leitura proveitosa da Bíblia e a oração. O avivamento leva a igreja a redescobrir a pessoa e a obra do Espírito Santo, para dele se servir outra vez, como nos dias dos apóstolos.
Mesmo tendo um teor místico muito acentuado, avivamento é muito mais que misticismo. É o motor de coisas novas, de realizações extraordinárias e de certa duração, na área de educação religiosa, na área de evangelização e missões, na área de socorro ao sofrimento humano. Forçosamente o avivamento sempre gera preocupação com os não alcançados pela pregação do evangelho, com os não salvos pela graça de Deus e com os moralmente marginalizados (os publicanos e meretrizes de ontem e de hoje). A história dos avivamentos mostra que este sopro especial do Espírito induz os crentes a fazer obras de caridade e a levantar a sua voz contra a injustiça social, seja ela qual for e custe o preço que custar.
>> Retirado de Cuide das Raízes, Espere pelos Frutos, [Elben César]. Editora Ultimato.
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