Abençoados são vocês, quando nada têm para oferecer. Quando vocês saem de cena, há mais de Deus e do seu governo. (Lc 6.20)
A diferença entre nobres e pobres é muito grande. Os nobres têm sangue azul. Os pobres nem nome têm. Os nobres são bajulados. Os pobres são afastados. Os nobres têm tudo. Os pobres não têm nada. Os nobres têm educação. Os pobres mal assinam seu próprio nome. Os nobres se vestem de púrpura e linho. Os pobres se cobrem de chagas. Os nobres se regalam esplendidamente. Os pobres alimentam-se das migalhas que caem da mesa dos nobres (Lc 16.19-21).
Mas a maior diferença entre nobres e pobres é outra. Os pobres são mais atingidos pela misericórdia de Deus do que os nobres. A primeira pesquisa a esse respeito foi feita por Paulo. Ele concluiu que não foram chamados muitos sábios, nem muitos poderosos, nem muitos da alta sociedade. O número dos pobres, dos desprezados, dos sem importância no reino de Deus é muito maior.
A razão disso é que os nobres são mais orgulhosos, mais ocupados, mais preconceituosos, mais secularistas, mais consumistas, mais incrédulos e mais enfeitiçados pelas regalias transitórias. Ao passo que os pobres estão de boca aberta, de mãos estendidas e de coração sedento.
Os cânticos de Ana (1Sm 2.1-10) e de Maria (Lc 1.46-55) chamam atenção para o costume que Deus tem de derrubar de seus tronos os nobres e de exaltar os pobres, de encher de bens os famintos e despedir vazios os ricos.
Não faça muita questão de ser nobre. Não valorize demais o seu nobre nascimento, a sua nobre posição. Faça-se pobre de espírito. Para ser alcançado pela graça de Deus.
>> Retirado de Cuide das Raízes, Espere pelos Frutos, [Elben César]. Editora Ultimato.
Ouça e compartilhe nossas devocionais pelo Spotify!