Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo surgiu. (Sl 33.9)
No princípio não havia água, não havia chão, não havia minério de ferro, não havia petróleo, não havia oxigênio, não havia grama, não havia árvores, não havia bicho, não havia gente, não havia nada, absolutamente nada. Só havia Deus. E Deus reinava sobre o nada.
De repente, esse Único-existente abriu a boca, articulou algumas palavras, emitiu sons, fez ouvir a sua voz e foi dando ordens. A primeira delas é o “fiat lux”. Então houve luz. Depois de vários “fiat”, apareceram a água, o chão, o minério de ferro, o petróleo, o oxigênio, a grama, as árvores, os bichos e os seres humanos.
Deus criou tudo pela palavra, pelo verbo “fiat”, porque não havia outro modo. Não havendo até então nada, absolutamente nada, Deus não tinha como misturar uma coisa com outra para formar uma terceira.
É por isso que o salmista declara: “Ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo surgiu” (Sl 33.9). Não há outra explicação, nem na filosofia nem na teologia. “Mediante a palavra do Senhor foram feitos os céus; e os corpos celestes, pelo sopro de sua boca” (Sl 33.6). Assunto encerrado.
Sem dúvida, o salmista conhecia a narrativa da criação registrada no primeiro livro da coleção de cinco volumes conhecida pelo nome de Pentateuco. Conhecia e acreditava em seu conteúdo.
>> Retirado de Um Ano com os Salmos [Elben César]. Editora Ultimato.
Ouça e compartilhe nossas devocionais pelo Spotify!