[Vocês] receberam uma fé tão preciosa como a nossa. (2Pe 1.1b)
A fé salvadora não é uma conquista meritória, fácil ou humana. Ela não nasce aqui: ela vem de cima. Não é um prêmio: é uma graça. O pecador não planta nem colhe a fé salvadora: ele a recebe de presente. Não é o ser humano que levanta a sua mão para apanhar a fé salvadora: é Deus que abaixa a sua mão para entregar a fé salvadora. “A salvação não é o resultado dos esforços de vocês” (Ef 2.9). Pela graça de Deus é que somos salvos, por meio da fé. A graça de Deus gera tanto a fé salvadora quanto a salvação. O máximo que podemos fazer é desejar, suplicar e estender as mãos em forma de concha para que a bondade de nosso Deus a coloque ali.
É assim que Pedro inicia a sua Segunda Carta: “Eu, Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, escrevo esta carta para vocês que, por causa da bondade do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, receberam uma fé tão preciosa como a nossa” (2Pe 1.1).
Na soteriologia cristã, o verbo receber tem supremacia sobre o verbo apanhar, como a palavra fé tem supremacia sobre a palavra obras. Jesus veio para o seu próprio povo, mas os seus não o receberam. Salvaram-se aqueles que creram nele e o receberam (Jo 1.11-12). João Batista acertou em cheio quando declarou: “Ninguém pode ter alguma coisa se ela não for dada por Deus” (Jo 3.27). E a maior de todas as dádivas de Deus é o seu próprio Filho: “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
O presente não se compra: recebe-se!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos [Elben César]. Editora Ultimato.
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