Bom senso

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Todos os que cumprem os seus preceitos revelam bom senso. (Sl 111.10)

Senso é a faculdade de apreciar e de julgar. Bom senso é algo mais restrito, a faculdade de discernir entre o verdadeiro e o falso.

O bom senso é indispensável em todas as áreas do comportamento humano, especialmente na área religiosa. O fanatismo religioso, que tão mal faz, nada mais é do que a perda do bom senso. A graça de Deus nos ensina “a renunciar à impiedade e às paixões mundanas”, mas não só isso. Ela nos ensina também “a viver de maneira sensata, justa e piedosa” (Tt 2.12). Em caso de controvérsias tolas e inúteis, “que acabam em brigas”, Timóteo deveria corrigir com mansidão os briguentos, “para que assim voltem à sobriedade” (2Tm 2.26).

As expressões “sem bom senso” e “sem juízo” aparecem com frequência nos Provérbios de Salomão. O jovem que se aproxima da casa da prostituta é “um rapaz sem juízo” (Pv 7.7). Somente os que não têm bom senso acreditam que “a água roubada é doce e o pão que se come escondido é saboroso”, por não saberem o que está por trás da “água roubada” (Pv 9.14-18). Daí o discurso inicial dos Provérbios: “Estes são os provérbios de Salomão […]. Eles ajudarão a dar prudência aos inexperientes e conhecimento e bom senso aos jovens” (Pv 1.1-4).

Para o salmista, “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” e “todos os que cumprem os seus preceitos revelam bom senso” (Sl 111.10). Porque é Deus, o Senhor inspira reverência e respeito. Quando o temor do Senhor está ausente, não existe bom senso.

>> Retirado de Um Ano com os Salmos [Elben César]. Editora Ultimato.
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