O medo produz fadiga

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Mateus 13.20-22; 25.24-25

Medo é a ansiedade que se tornou aguda. A ansiedade é genérica; o medo é específico. Um psiquiatra russo sentou-se à mesa de um restaurante-vagão com dois homens e uma mulher que usava uma cruz de ouro no pescoço. Ela era uma pessoa exuberante que transpirava equilíbrio e saúde. De repente, o psiquiatra disse: “Se mais pessoas cressem no que essa cruz representa e o colocassem em prática, eu não teria nada para fazer. Atendo de setenta e cinco a cem pacientes por dia, e as três coisas de que eles mais sofrem são medo, solidão e egoísmo”.

Uma talentosa professora de piano escrevia com grande dificuldade, pois uma das mãos tremia muito. Ela explicou que sua irmã e ela haviam escrito seiscentas cartas de agradecimento às pessoas que haviam enviado flores e mensagens quando o pai delas faleceu, e ela acabou por distender um músculo do polegar. Porém, quando ela tocava, o polegar funcionava normalmente. É claro que o problema não era físico, mas psicológico; o polegar estava associado ao ato de escrever cartas em uma ocasião dolorosa, a morte de um ente querido. Os nervos do polegar começaram a ter uma disfunção porque as emoções estavam perturbadas, então a paralisia ocorreu. Outra mulher me disse o seguinte: “Comecei a ter um quadro de asma e percebi, mais tarde, que a asma estava enraizada no meu nervosismo. Entreguei os meus medos a Deus, e a asma desapareceu”.

As inferioridades produzem fadiga. Quando estamos internamente fugindo das coisas, o simples fato de pensar nelas nos deixa cansados.

Os ressentimentos produzem fadiga. Quando alguém está remoendo ressentimentos interiores, a fadiga se instala. Uma garota, em um elevador, me disse dando um “não” de cabeça: “Aquele porteiro está deixando todo mundo louco por aqui”. “E especialmente a ele?”, perguntei. “Sim”, concordou ela, “ele está ficando louco”. Os ressentimentos em todos estavam se tornando pedras no sapato.

Um paciente desenvolveu uma úlcera gástrica como resultado do fato de que, quando era menino, o som da campainha que anunciava o jantar era como o som do gongo que anunciava o próximo round de uma luta familiar interminável. Na época, ele tinha espasmos no estômago por causa disso; como consequência, lá estava a úlcera.

Ó Deus, venho a ti para que leves todos os ressentimentos e medos que me perturbam. Não posso tirá-los sozinho, mas posso consentir, e consinto – de todo o coração, agora. Estou livre, pois te dou meu consentimento livremente. Amém.

Afirmação do dia: “O medo bateu à porta, e a fé respondeu; já não havia ninguém ali.”*

* Provérbio amplamente citado. Autor desconhecido.

>> Retirado de O Caminho [Stanley Jones]. Editora Ultimato.
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