Finalmente, que todos vocês tenham o mesmo modo de pensar e de sentir. (1Pe 3.8a)
Depois de alcançar a harmonia no lar, o crente deve alcançar a harmonia na comunidade. De um lado, a harmonia doméstica deve ser mais fácil do que a harmonia comunitária, porque envolve número menor de pessoas (o esposo, a esposa e os filhos). Por outro, deve ser mais difícil porque envolve mais tempo (marido e mulher vivem juntos a vida inteira, até que a morte os separe). Mas o sucesso em casa é um prelúdio para o sucesso na igreja.
O que Pedro pede (na verdade, ordena) é: “Vocês devem ser como uma grande família feliz, cheios de simpatia uns pelos outros, amando uns aos outros com corações ternos e humildes” (1Pe 3.8, CV).
Os ingredientes para uma grande família feliz são enumerados: espírito de concórdia (o mesmo modo de pensar e sentir, as mesmas disposições), compassividade (simpatia), sentimentos de amor fraterno (amor mútuo), misericórdia (todos precisam de compreensão e perdão da parte de todos) e humildade (nenhum membro do corpo deve se sentir superior ao outro para que o outro não se sinta menor).
Tanto a harmonia na pequena família feliz (o lar) como na grande família feliz (a comunidade) tem um valor enorme para o reino de Deus, para as pessoas envolvidas e para os observadores de fora. No entanto, essa não é uma graça barata. Depende de uma vitória contínua sobre o eu, do nível espiritual de cada integrante, de muitas súplicas e de pedidos mútuos de perdão, de muito amor e de muita paciência e também da intervenção do Espírito.
Pedro chama atenção especial para a ausência de sentimento de vingança: “Não paguem mal com mal, nem ofensa com ofensa” (1Pe 3.9). É essa atitude que evita a guerra!
A mutilação do “eu” começa em casa e continua na igreja!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos [Elben César]. Editora Ultimato.
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