Perdão antes de tudo

quarta-feira
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Perdoa os nossos pecados. (Sl 79.9)

Dezenove anos depois que se tornou rei da Babilônia, Nabucodonosor arrasou a cidade de Jerusalém (586 a.C.). Os Salmos 74 e 79 descrevem com amargura o que aconteceu. Um deles relaciona acertadamente a tragédia com os pecados da população e das autoridades anteriores à invasão babilônica (Sl 79.8).

Diante de tamanha humilhação (“somos objetos de zombaria para os nossos vizinhos, de riso e menosprezo para os que vivem ao nosso redor”) e de tamanho sofrimento (“derramaram o sangue dos teus servos como água ao redor de Jerusalém, e não há ninguém para sepultá-los”), o salmista suplica a Deus quatro poderosas manifestações: “Venha depressa ao nosso encontro a tua misericórdia”; “Ajude-nos”; “Livra-nos” e “Perdoa os nossos pecados” (Sl 79.8-9).

De todas as quatro súplicas, a maior, a mais importante, a mais ur­gente, sem dúvida alguma, é a última: “Perdoa os nossos pecados”. E essa oração foi muito benfeita porque, na oração imediatamente anterior, o mesmo salmista havia pedido: “Não cobres de nós as maldades dos nossos antepassados”. Agora, ele não pede que Deus perdoe apenas os pecados dos seus antepassados, mas “os nossos pecados”.

Uma oração tão benfeita como essa tem toda a chance de ser atendida, tal qual a do publicano: “Deus, tem misericórdia de mim” (Lc 18.13). 

 

>> Retirado de Um Ano com os Salmos [Elben César]. Editora Ultimato. 

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