Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. (Romanos 5.8)
Eu gosto quando o apóstolo Paulo usa o advérbio “ainda”. Fala de alguma coisa não concluída, incompleta, em formação. Deus vem a nós quando ainda não somos. Ainda não somos os homens e mulheres que deveríamos ser, ainda não amamos como deveríamos amar, ainda não somos os amigos que gostaríamos de ser, ainda não somos honestos, verdadeiros, sinceros… ainda não. Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores, e sua morte continua demonstrando seu amor por nós, que ainda continuamos pecando.
O “ainda não” sempre fará parte da nossa experiência espiritual, da nossa necessidade de salvação, da nossa vida comunitária. O amor de Deus é manifestado a nós enquanto ainda lutamos com nossas limitações, finitudes e pecados. Precisamos aprender a usar esse advérbio e demonstrar nosso amor àqueles que também “ainda não” chegaram a ser. A igreja é uma comunidade que ainda aguarda a plena salvação.
Você tem tido para com os outros a mesma paciência que Deus tem para com você? Reconheça que você ainda não chegou a ser o que Deus espera de você e ore para que seu amor para com os que também ainda não são seja mediado pela graça manifestada na cruz de Cristo.
“Senhor, não é minha oração, não são minhas lágrimas, não é minha ação nem meu sofrimento, não é minha luta nem minha esperança que me salvam. É tua graça, nada mais” (Eva von Tiele-Winckler, 1866–1930).
É bom saber que provas teu amor vindo a nós quando o pecado ainda faz parte de nossa vida, que não esperas de nós a perfeição, a pureza, para nos amar, que nos amas assim como somos, pecadores e imperfeitos. Somente um amor assim nos dá forças para lutar contra o pecado, para confessá-lo e seguir no caminho da fé, aprendendo, ouvindo, provando e crescendo. Amém.
>> Retirado de Refeições Diárias – Celebrando a Reconciliação. Editora Ultimato.
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