Como surge o mal?

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Mateus 15.19; Tiago 4.1

Observe esta passagem: “Purifiquemo-nos de tudo o que contamina o corpo e o espírito” (2Co 7.1). Se o pecado fosse natural, por que contaminaria? Ele deveria aperfeiçoar. O fato de que ele contamina mostra que é estranho, não pertence à natureza humana, é alheio.

Se isso é verdade, como surge o mal? Se não é inerente a nós por natureza, então como ele se forma? Podemos encontrar a pista nestas palavras: “[O pecado] produziu morte em mim por meio do que era bom” (Rm 7.13). O mal sempre usa algo bom; é a perversão do bem.

Tiago dá-nos a imagem mais clara disso quando diz: “Quando alguém for tentado, jamais deverá dizer: ‘Estou sendo tentado por Deus’. Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, após ter se consumado, gera a morte” (Tg 1.13-15).

Aqui estão os passos: o “desejo” simples, natural, normal “arrasta”, “seduz”, passa de seu estado natural para estados não naturais, viola as leis escritas em seu próprio fundamento. Então ele se torna o Desejo com “D” maiúsculo e passa a ser dominante. Em vez de desejar se submeter e obedecer à vontade de Deus, ele se torna Deus; soletra-se Desejo. Ele nos governa, nos dá ordens. Isso dá à luz o Pecado. O Desejo tornou-se Pecado, também escrito com P maiúsculo; ele é Deus. Então, “[o Pecado], após ter se consumado, gera a Morte”.

Eis os passos: (1) o desejo se torna Desejo; (2) o Desejo se torna Pecado; (3) o Pecado se torna Morte. O desejo simples é dado por Deus e é natural e correto. Mas o desejo pode fugir do controle de Deus e se tornar o Desejo. Ele nos controla. É o senhor; nós lhe obedecemos. O resultado disso é o Pecado e a consequente Morte, não apenas a morte física, mas a Morte da pessoa como um todo. Se o Pecado é natural, por que ele dá à luz a Morte? Se vivermos de acordo com nossa própria natureza é algo que dá à luz a Morte, então fomos feitos de forma estranha. Além disso, se o pecado é natural, por que somos punidos por vivermos de acordo com nossa natureza? Onde está a justiça?

Ó Deus, como aquilo que me destrói poderia ser natural para mim? Sei, no mais íntimo de meu ser, que quando peco, este não é o Caminho. Violo todas as leis de meu ser, e sei disso. Ajuda-me. Amém. 

Afirmação do dia: Fora de Deus, não há nada além de morte. 

 

>> Retirado de O Caminho [Stanley Jones]. Editora Ultimato.

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