Ninguém de fora tinha coragem de se juntar ao grupo deles, mas o povo falava muito bem deles. (At 5.13)
O grupo (a comunidade dos que criam) não era fechado. Tanto que, tendo começado com cento e vinte pessoas, agora tinha milhares de fiéis e “cada dia o Senhor juntava ao grupo as pessoas que iam sendo salvas” (2.47).
Havia muitos não convertidos que não tomavam posição apesar da pregação e do amontoado de evidências, principalmente no que dizia respeito à ressurreição de Jesus. Aquele boato de que os discípulos tinham roubado o corpo morto de Jesus para simular a ressurreição já não impressionava muito (Mt 28.15). Os estranhos notavam o assombroso crescimento numérico dos crentes. As conversões eram notáveis e entre os convertidos havia um grande número de sacerdotes judeus (6.7). Será que esses indecisos não se convertiam por falta de um bom testemunho do grupo? Isso está totalmente fora de cogitação.
Lucas relata que o testemunho da igreja era excelente. Os crentes eram de fato “luz do mundo” e “sal da terra”, e por isso, “o povo falava muito deles” (5.13). Eles gozavam de “alto conceito” (NVI), de “grande admiração” (RA), da “maior consideração” (NBV). O povo batia palmas para os crentes, elogiava-os (TEB) e os engrandecia (BJ). Isso não iria se perpetuar para sempre, mas, naquele início, as coisas eram formidáveis, bem diferentes de hoje. O que agravava a indecisão dos que não aceitavam o evangelho era a falta de coragem para carregar a cruz. O historiador põe toda a culpa neles mesmos: “Embora o povo os admirasse muito, ninguém tinha coragem de juntar-se a eles” (S21). A coragem faz muita falta!
>> Retirado de Refeições Diárias – no partir do pão e na oração [Elben César]. Editora Ultimato.
Ouça as nossas devocionais pelo Spotify!