São eles que falam mal do bom nome que Deus deu a vocês. (Tg 2.7)
A acusação de Tiago é direta e sem rodeios: “São eles [os ricos] que falam mal do bom nome que Deus deu a vocês”. Essa segunda acusação vem logo depois da primeira: “são os ricos que exploram vocês” (2.6).
Há tanta coisa contra os ricos e contra os pecados cometidos pela língua nessa carta pastoral, que o leitor é levado a crer que esses eram os dois males mais frequentes entre o povo de Deus espalhado pelo mundo inteiro. Volta e meia, Tiago é obrigado a tratar do assunto. Naturalmente, cada grupo de crentes tem os seus problemas. Na igreja de Corinto, os pecados mais clamorosos eram as brigas entre crentes e o comportamento sexual (por causa do passado de alguns deles e por causa da influência da sociedade corintiana).
Estando esses irmãos morando em diferentes lugares e distantes de Tiago, como o autor da carta ficava sabendo desses comportamentos reprováveis? Porventura, nessas igrejas havia algumas famílias como a família de Cloé, que informava a Paulo o que estava acontecendo em Corinto (1Co 1.11)? Porventura, o testemunho deles era tão ruim que toda sociedade conhecia o mau uso que eles faziam da língua e da riqueza? Passados mais de dois mil anos, os cristãos de hoje, acostumados a ler toda a Bíblia (e não só os Salmos e os Evangelhos), estão sabendo desses deslizes e de como Tiago tratou deles. Mais ainda: os que falam demais e os ricos que exploram os pobres estão aprendendo como se corrigir dessas coisas.
O bom nome, o nome sublime, o nome ilustre, o nome excelso, o novo nome (o nome de batismo) que foi sobre eles invocado e que está sendo difamado, blasfemado e estragado pelos maus ricos é de fato muito bonito e significativo: o nome de “cristãos”!
Língua continuamente aberta e bolso continuamente fechado – eis o problema!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos [Elben César]. Editora Ultimato.
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