Salmos 27.14; 31.24
Fale com alguém sobre seus medos e ansiedades. Escolha a pessoa com cuidado e fale sobre o assunto todo. Digo “o assunto todo”, pois às vezes só falamos sobre o medo secundário e deixamos de tocar no medo central. Temos receio desse medo central. Pode ser um medo sobre o qual somos reticentes e que hesitamos em mencionar. Por exemplo, o medo de ficarmos sem o cônjuge ou o medo de perder o amor do cônjuge que temos agora. Ambos os medos são autodestrutivos; eles contribuem para concretizar aquilo que se teme. Elimine esses e outros medos, expondo-os e falando francamente sobre eles. Mas, depois de conversar com uma pessoa sobre esses medos, não “fique neles”. Falar muito sobre eles acaba por agravá-los. Eles se tornam um complexo. Tendo relaxado e permitido que todo medo venha à tona, se nada mais vier à mente, tenha como certo que todos os seus medos foram expostos. Não tenha receio de não ter tratado de todos os seus medos.
Defina um plano de ação. Esses medos invadiram você; eles não fazem parte de você; são estranhos, nada naturais, nada permanentes. Você permitiu que eles entrassem e você, só você, pode decidir que eles saiam. O locutor de rádio Vash Young conta como fez uma autoanálise e disse: “Dê uma olhada nos seus produtos. Medo, preocupação, impaciência, raiva, dúvida. Sua fábrica é uma ameaça para você mesmo e uma chateação para os outros”.* Ele fez uma lista das qualidades que pareciam duradouras – amor, coragem, alegria, atividade, compaixão, amizade, generosidade, tolerância, justiça –, nove palavras mágicas (aliás, todas qualidades cristãs!), e decidiu substituir suas palavras velhas, purulentas e mortas por essas novas palavras vivas e revigorantes. Logo ele já não perdia, como antes, o café da manhã, quando pensava em se encontrar com um cliente. Um de seus segredos de vitória: “Tenho tentado, como regra, dedicar menos da metade do meu tempo aos meus próprios assuntos”.
O importante neste passo é que você, agora, está na ofensiva. Você já não está sendo invadido; você está saindo, sendo positivo. Você está começando a não mais ter medo do medo, pois o vê pelo que ele é: um espantalho.
Ó Cristo, começo a ver que meus medos são convidados indesejáveis – convidados que assumiram o controle. E agora, por tua graça e teu poder, estou novamente no controle. Tenho meus pés no Caminho. Sou grato. Amém.
Afirmação do dia: Não terei pensamentos que me deixem com medo, não falarei palavras que me deixem com medo, não cederei a atos que me deixem com medo. Pertenço à fé.
* YOUNG, Vash. “My Conquest of Scarecrows”, em Reader’s Digest, v. 20-21 (1931). 11.
>> Retirado de O Caminho [Stanley Jones]. Editora Ultimato.
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