Barriga cheia e alma cheia

segunda-feira
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É ele quem dá também alimento para vocês e enche o coração de vocês de alegria. (14.17)

Durante quarenta anos Deus não deixou de enviar o “pão do céu” para milhares de israelitas em trânsito pelo deserto. Durante a seca que atingiu Israel na época de Acabe, os corvos, por ordem de Deus, traziam para Elias pão e carne “todas as manhãs e todas as tardes” (1Rs 17.6). Duas vezes, Jesus encheu o estômago vazio de muita gente com pães e peixes. Mas ele sabia que “o ser humano não vive só de pão” (Mt 4.4).

Em Listra, Paulo e Barnabé declararam que “Deus sempre mostra quem ele é por meio das coisas boas que ele faz: é ele quem manda as chuvas do céu e as colheitas no tempo certo; é ele quem dá também alimento para vocês e enche o coração de vocês de alegria” (14.17). Os apóstolos não deixaram de fora a alegria. Sem pão a pessoa morre de fome; sem alegria, morre de tristeza. Fome ou depressão, qual das duas é pior? Colocando alimento e alegria juntos, os dois missionários estão mostrando que a fome não é pior do que a depressão nem a depressão pior do que a fome. O pão enche a barriga e a alegria enche a alma.

Se Jesus tivesse continuado a leitura da profecia messiânica na sinagoga de Nazaré, ele diria: “[O Senhor Deus me enviou para dar a todos os que choram] óleo de alegria em vez de pranto” (Is 61.3, RA). A expressão “óleo de alegria” ou “perfume de festa” (BP) ou “perfume de felicidade” aparece pelo menos mais duas vezes na Bíblia (Sl 45.7; Hb 1.9). É o mesmo perfume do Salmo Pastoral: “Unges-me a cabeça com óleo” (Sl 23.5, RA). 

 

>> Retirado de Refeições Diárias – no partir do pão e na oração [Elben César]. Editora Ultimato. 

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