A injustiça que nem sempre nos incomoda

sexta-feira
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Você não dava água para as pessoas cansadas nem comida aos que tinham fome. Você usou a sua posição e o seu poder para se tornar o dono da terra. Você roubou e maltratou os órfãos e nunca ajudou as viúvas. (Jó 22.7-9)

Os amigos de Jó o acusaram falsamente. Parece-nos que eram sinceros, mas ainda assim a acusação não procedia. No entanto, se a acusação era falsa, o pressuposto a respeito daquilo que desagrada a Deus estava correto.

De fato, Deus se aborrece de quem pratica injustiça de qualquer tipo, quer seja enriquecer-se à custa do empobrecimento dos outros, deixar de demonstrar misericórdia, ou qualquer tipo de exploração com objetivo de tomar posse do poder. Nisso tudo, certos atos eram especialmente graves: maltratar os órfãos e a negligência com as viúvas. Interessante que são essas injustiças que definem o conceito de “pecado” mencionado no versículo anterior (Jó 22.5).

Isso é importante porque popularmente o pecado é geralmente concebido em termos individuais e morais. Ou seja, o pecado seria aquele delito que eu cometo individualmente. A mentira, os maus pensamentos, a inveja e a cobiça são alguns exemplos. Conquanto seja justo pensar nesses delitos como pecados, a definição dada por Elifaz enfatiza o mal que cometemos em relação ao nosso próximo, especialmente as injustiças ou negligências que prejudicam as pessoas socialmente vulneráveis.

É provável que isso não seja nenhuma novidade. Estamos “cansados de saber”… Sim. Por que então isso ainda nos incomoda? Ou não incomoda?

Pai, muitos de nós ainda somos cristãos nominais. Às vezes, sinto-me assim. Ainda reluto em refletir a tua misericórdia. Sê misericordioso para comigo e grava no meu interior a fome e a sede pela tua justiça e ajuda-me a demonstrá-las nos meus relacionamentos. Em nome de Jesus. Amém. 

 

>> Retirado de Refeições Diárias – Celebrando a Reconciliação. Editora Ultimato.

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