Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca. (João 19.29)
Aquela sede da alma de que fala o salmista, Jesus nunca experimentou (Sl 42.2; 63.1). Ao contrário, ele estava tão cheio da água viva, que a oferecia aos sedentos: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (Jo 7.37). Porém, sede de água potável, ele sentia. Aquele que transformou água em vinho teve sede!
A sede é um fenômeno decorrente da insuficiência de água no corpo. A boca fica seca, anunciando a necessidade de algum líquido. Comparativamente, para o organismo, a falta de água é mais grave do que a falta de alimento.
Depois de caminhar a manhã inteira da Judeia à Samaria, a primeira palavra de Jesus ao se encontrar com a mulher samaritana junto ao poço de Jacó foi um pedido direto: “Dá-me de beber” (Jo 4.7). Naquele momento, o sol estava a pino. Vários meses depois, pregado numa cruz, debaixo do sol e derramando sangue pelas perfurações dos pregos e da coroa de espinhos, Jesus confessou: “Tenho sede!” (Jo 19.28). Deram-lhe vinagre e não água potável. Então, ele disse mais uma palavra e rendeu o espírito.
— Senhor, dá-me da mesma água que deste à samaritana!
>> Retirado de Refeições Diárias com Jesus [Elben César]. Editora Ultimato.
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