Não lhes dou um mandamento novo, mas o mesmo que temos ouvido desde o começo. (2Jo 5)
João não perde a oportunidade de usar as suas palavras prediletas: verdade e amor. Sozinha, cada uma delas atrapalha a outra. A verdade sem amor é uma loucura, o amor sem verdade é outra loucura.
Depois de mostrar abertamente sua alegria pelo fato de a Senhora eleita e os seus filhos estarem vivendo de acordo com a verdade, João escreve: “E agora, querida Senhora, eu lhe peço que nos amemos uns aos outros” (2Jo 5a). O pedido do presbítero deveria ser atendido pelos irmãos da fé e por ele próprio. Daí a cuidadosa inclusão que ele faz: “Que nos amemos”. Qualquer exortação feita aos outros tem de ser feita primeiro ao que exorta, em benefício de sua autoridade.
O que João está ordenando é coisa antiga, que ele tem ouvido e tem falado “desde o começo”. Certamente ele tinha em mente o “maior e mais importante mandamento” (“Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente…”) e o segundo mais importante: “Ame os outros como você ama a você mesmo” (Mt 22.37-38). Mas, além disto, aquela noite no Cenáculo de quinta para sexta-feira em que Jesus explicou aos discípulos: “Eu lhes dou este novo mandamento: Amem uns aos outros” (Jo 13.34) ficou bem gravada no coração do discípulo amado, que neste momento estava sentado ao lado de Jesus.
Amar uns aos outros: um mandamento possível de obedecer!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos [Elben César]. Editora Ultimato.
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