Enquanto não confessei o meu pecado, eu me cansava, chorando o dia inteiro. (Sl 32.3)
Não se pode deixar de lado o fato de que – muitas vezes – a tristeza está associada ao nosso pecado. O salmista fala abertamente: “Suporto tristeza por causa do meu pecado” (Sl 38.18). O pecado rouba a alegria, porque é uma anomalia, cria problemas de consciência, exige reparação, deixa a impressão de fracasso. Não é sem razão que o pecador pede que Deus lhe devolva a alegria da salvação, ou: “Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste” (Sl 51.8, 12). O Novo Testamento diz que o impetuoso Pedro chorou amargamente após ter negado a Jesus três vezes (Lc 22.62). Há muita tristeza por aí devida exclusivamente ao pecado.
Nestes casos, entra em ação uma tristeza saudável, necessária, provocada pelo próprio Deus, com finalidades terapêuticas. É a tristeza que acaba levando o pecador ao arrependimento. Ela machuca o suficiente até provocar este efeito, indispensável no processo da salvação. Paulo chama esta tristura de “tristeza segundo Deus” e contrasta-a com “a tristeza do mundo” (2Co 7.9-11). A tristeza segundo Deus é ministrada de acordo com o paciente, em doses certas. Está sob o controle de Deus. Ela é capaz de conduzir ou recolocar o homem no caminho eterno, no caminho que leva a bom termo.
>> Retirado de Cuide das Raízes, Espere pelos Frutos, [Elben César]. Editora Ultimato.
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